Política Titulo São Bernardo
Tião Mateus fala em fazer 1ª sessão em outro espaço
Rogério Santos
do Diário do Grande ABC
05/01/2013 | 07:08
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Um dia após a oposição iniciar movimento para impedir a utilização do novo plenário do Legislativo de São Bernardo, que ainda está em obras, o presidente da Câmara, Tião Mateus (PT), já cogita realizar a primeira sessão legislativa do ano, marcada para o dia 6 de fevereiro, em outro espaço.

Segundo o petista, sem laudo dos bombeiros o novo prédio não será usado. "Temos de ter segurança para quem vai atuar na Câmara e os cidadãos que acompanham as sessões."

Na segunda-feira, Tião Mateus se reunirá com representantes do Corpo de Bombeiros, integrantes da construtora responsável pela obra e técnicos de Obras que atuam na Prefeitura e na Câmara. O objetivo é definir data para realização de vistoria no prédio e conseguir aval para utilizá-lo em fevereiro. Se isso não acontecer, o Teatro Cacilda Becker, que recebeu os trabalhos legislativos desde o início da obra e foi devolvido ao Paço, pode ser usado mais uma vez.

O prédio da Câmara foi inaugurado às pressas pelo antecessor de Tião Mateus na presidência da Câmara, Hiroyuki Minami (PSDB), em 12 de dezembro. Na semana seguinte, o novo plenário Tereza Delta foi palco da diplomação do prefeito reeleito Luiz Marinho (PT), do vice Frank Aguiar (PTB) e dos 28 vereadores eleitos.

O espaço foi usado também no mesmo dia para a eleição da mesa diretora da Casa. Tião Mateus criticou o uso antecipado do plenário. "Foi um erro utilizarmos o plenário naquela ocasião. Não havia água no prédio, nem mesmo nos banheiros", disse o petista. Segundo ele, a ligação de água está sendo providenciada.

Orçada inicialmente em R$ 28,4 milhões, a reforma da Câmara começou em novembro de 2011, com previsão de ser concluída em outubro de 2012. O prazo expirou e a obra não foi concluída. Minami alegou que precisava de mais R$ 6,5 milhões para finalizar a área destinada aos setores administrativos e para compra de mobiliário. Com isso, a obra teve custo final de R$ 34,9 milhões.

O tucano solicitou o montante ao prefeito, que negou o pedido. Marinho argumentou que a LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal) impede investimentos que não estão previstos no Orçamento de 2012. O valor que falta será retirado do Orçamento da Câmara para este ano, de R$ 69 milhões.

Com o atraso nas obras do prédio do Legislativo, Tião abriu mão de utilizar o gabinete destinado ao presidente da Câmara, cedendo o local aos setores que estão sem espaço definido.




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