Os agentes do mercado diminuíram o seu humor quanto ao cenário econômico brasileiro. Segundo o boletim Focus do BC (Banco Central), publicado ontem, os economistas e analistas das empresas financeiras e não financeiras reduziram a previsão para o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) de 2,53% em 2013 para 2,49%. Na primeira semana deste ano, era esperada expansão de 3,26%.

Para o professor de Economia da USCS (Universidade Municipal de São Caetano) Radamés Barone, a economia do Grande ABC deve ser influenciada por esse mau humor, principalmente porque tem a indústria como um dos seus motores. “O que precisaria era incentivar esse setor a aumentar a produção”, disse, em relação aos próximos passos do governo federal. Professor de Economia da Fundação Santo André, Volney Gouveia acrescentou que o problema, realmente, é de expansão de oferta para a adequação da demanda interna.

Entre os males que poderiam ocorrer como consequência de uma projeção menor para a alta do PIB, na região, estão a aceleração da inflação e a manutenção da produção, o que não geraria mais empregos. “Mas o pano de fundo das políticas econômicas do governo federal são a manutenção do emprego e o aumento da renda”, pontuou Gouveia, portanto, sobraria a inflação por causa da baixa oferta. Segundo o Focus, as previsões de crescimento da produção industrial para este ano caíram de 2,53% para 2,50%.