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Micro e pequenas melhoram salários
Por Leandro Cervantes
Do Diário do Grande ABC
20/04/2006 | 08:18
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As micro e pequenas empresas do Grande ABC pagaram mais a seus funcionários em fevereiro, na comparação ao mesmo mês do ano passado. O rendimento médio dos empregados diretos – com carteira assinada – das MPEs (Micro e Pequenas Empresas) na região registrou crescimento de 2% nesse período, no confronto à fevereiro do ano passado, ao atingir R$ 697.

A constatação é da Pesquisa do Sebrae-SP (Serviço de Apoio à Micro e Pequena Empresa do Estado de São Paulo), elaborada em parceria com o Seade (Sistema Estadual de Análise de Dados), que verificou que o valor médio recebido pelos trabalhadores desse tipo de empresas, além dos salários fixos, também cresceu em honorários, comissões, ajuda de custo, 13º e abono de férias. Já no acumulado primeiro bimestre, o rendimento médio dos empregados nas micro e pequenas registrou alta de 3,2%, em relação ao mesmo período de 2005.

O aumento verificado na região, no entanto, ficou abaixo da variação registrada nos valores recebidos por esses trabalhadores na capital. O rendimento médio dos empregados nas MPEs do município de São Paulo cresceu 6,9% em fevereiro, chegando a R$ 770,00 – valor 10,5% superior ao que é pago no Grande ABC. A variação do nível de rendimento da região também ficou abaixo da verificada no interior do Estado e na RMSP (Região Metropolitana de São Paulo), que tiveram crescimento de 8% e 5,9%, respectivamente, em fevereiro desse ano, na comparação com igual período de 2005.

De acordo com o gerente de pesquisa do Sebrae-SP, Marco Aurélio Bedê, a expansão do setor de serviços sobre o setor industrial e o fato do Grande ABC possuir um número considerável de empresas exportadoras (principalmente grandes empresas) contribuíram para que a região apresentasse a evolução no nível dos rendimentos mais tímida entre todas regiões analisadas.

“O Grande ABC tem apresentado um aumento no número de empresas de serviços, que em geral pagam menos que as do setor industrial. Além disso, a região desfrutou de um período razoavelmente bom em 2004 e 2005, por conta das exportações, o que beneficiou também as micro e pequenas empresas. Agora, com o câmbio desfavorável, as exportações perderam a força e isso está desaquecendo a economia local”, explica Bedê. Segundo ele, a Capital vive um ciclo inverso. Vem de um período ruim e nos últimos anos têm apresentado uma recuperação – daí a diferença na variação dos rendimentos.

Apesar do aumento no valor médio recebido pelos trabalhadores nas micro e pequenas empresas na região, o número de pessoas ocupadas – que inclui os empregados diretos, terceirizados, sócios proprietários e familiares – nas MPEs em fevereiro diminui 6,4% no Grande ABC.



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