Invadida e depredada por quatro vezes no ano passado, a Escola Estadual Jardim Zaíra 8, em Mauá, recebe melhorias para evitar a ação de vândalos. Além de alarme, os muros da unidade de ensino foram erguidos e vão receber alambrado. A iniciativa conta com investimentos de R$ 499 mil, e a expectativa é que as obras sejam concluídas até junho.

As melhorias incluem troca das portas de madeira das salas de aula e ambientes administrativos por portas de ferro, manutenção dos caixilhos, com a substituição de vidros, alavancas e braços de alavanca danificados, instalação de grade nas portas das salas administrativas, reforma geral dos sanitários dos alunos, com acessibilidade em dois banheiros, além de manutenção da cozinha e despensa.

Está sendo feita ainda a substituição das tubulações do reservatório por tubos de ferro, a troca da porta de ferro e dos componentes depredados da casa de bombas, fechamento lateral do pátio com alvenaria e instalações de dois portões para acesso, execução de sistemas de combate a incêndio e proteção contra raios, além de reparos na entrada de energia e substituição dos quadros de distribuição, entre outras melhorias.

A FDE (Fundação para o Desenvolvimento da Educação) informou que a instalação do sistema de câmeras de segurança será realizada quando as obras terminarem. Inicialmente, a secretaria informou que o monitoramento seria realizado em prazo máximo de 120 dias após a última invasão, em 4 de novembro.

DEPREDAÇÃO

Na última invasão, bandidos entraram na unidade durante a madrugada e levaram computadores, aparelhos eletrônicos e o micro-ondas da cozinha. O grupo aproveitou para praticar atos de vandalismo, arrombando portas das salas de aula, pichando as paredes, urinando nas carteiras e violando os alimentos que seriam preparados na merenda.

Para os pais de estudantes da unidade, o clima melhorou. "Assim que o alarme dispara a gente pode entrar em contato com a polícia", comenta a dona de casa Silda Helena da Silva, 51, que tem filha que estuda no 2º ano do Ensino Médio.

A dona de casa Sueli Cristina da Silva, 35, comenta que a filha de 11 anos já não tem mais medo de ir para a escola. O único problema, segundo ela, é quando o alarme dispara aos fins de semana. "O barulho é horrível e não tem ninguém lá para desativar", explica.