O número de mortes em acidentes de trânsito no Grande ABC aumentou 13,64% no primeiro quadrimestre deste ano, conforme dados do Infosiga (Sistema de Informações Gerenciais de Acidentes de Trânsito no Estado de São Paulo). Segundo os dados, 75 pessoas morreram em acidentes nas sete cidades. No mesmo período do ano passado foram 66.

O aumento de ocorrências no período vai na contramão dos números do Estado. No período deste ano foram 1.748 óbitos, redução de 7,66% em relação a 2016, quando houve 1.893 mortes.

Para o especialista em segurança no trânsito e engenheiro de tráfego e transportes Horácio Figueira, o índice acende a luz amarela no Grande ABC. “Este aumento expressivo em relação ao Estado mostra que a região não está tomando ações de fiscalização nas cidades, que precisam ser feitas com agentes e não somente radares. O trânsito precisa de quatro pilares: engenharia, educação ou ações de comunicação, fiscalização e estatística”, afirmou.

Segundo o especialista, a fiscalização deve ser feita além dos principais pontos das cidades e dos horários de pico, e incluir períodos como noite e madrugada. As ações educativas devem seguir o mesmo exemplo e conscientizar motoristas e pedestres de bairros mais afastados. “Ficar apenas nos principais cruzamentos é um erro estratégico. O pior risco é no bairro onde se está sozinho, e muitas vezes o motorista ou motociclista não vê ninguém. A fiscalização precisa sair da rotina e não se concentrar nos mesmos pontos.”