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Maurici deixa Ceagesp por cargo em Brasília

Ex-homem-forte de gestões petistas em Sto.André irá coordenar canal de comunicação da União

Por Leandro Baldini
Do Diário do Grande ABC
31/10/2015 | 07:00
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Marina Brandão/DGABC


Ex-homem-forte do governo João Avalimeno (PT-Santo André), entre 2002 e 2008, Mário Maurici de Morais (PT) anunciou ontem sua saída da presidência da Ceagesp (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo) para assumir cargo de coordenação no grupo EBC (Empresa Brasil de Comunicação), companhia pública, com sede em Brasília, que é vinculada à Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República. O petista assume terça-feira a vice-presidência de relacionamento e gestão da TV – um dos segmentos geridos pela EBC.

Maurici deixa o comando da Ceagesp depois de seis anos de gestão, na qual classificou como “importante”. “Me dediquei bastante e acho que o trabalho pode ser bem avaliado. Foi uma experiência muito boa e agradeço demais a todos que trabalharam comigo. Para o novo cargo, estou apreensivo, mas muito feliz e motivado para o desafio”, pontuou.

Ex-prefeito de Franco da Rocha – atualmente governada por seu filho, Kiko Celeguim (PT) –, Maurici revelou que a mudança de domicílio a Brasília será acompanhada de sua mulher, a ex-vice-prefeita de Santo André Ivete Garcia (PT), admitindo que eventual retorno à vida pública na região é “remota”.

Na gestão de João Avamileno, o petista ocupava o cargo de secretário de Governo e se notabilizou como principal articulador da administração petista. Antes, atuou também nos governos de Celso Daniel (PT, morto em 2002), entre 1997 e 2002.

“Tenho muitos amigos em Santo André e acompanho a distância as notícias. Sinto saudade do período de trabalho e acho que uma das maiores satisfações foi ter participado do governo do prefeito Celso, que é lembrado por muitos com reconhecimento de bom trabalho”, frisou.

Em 2007, foi demitido por Avamileno, em episódio conturbado, após prévia entre Ivete e o ex-deputado federal Vanderlei Siraque (PT) – vencida pelo então parlamentar com o apoio do chefe do Executivo –, pelo posto de representante do petismo para a eleição de 2008. Sua dispensa na época foi acompanhada pelo desligamento de outros 13 secretários da administração petista, que pediram exoneração em protesto a Avamileno.

“Compreendo a atitude que ele teve e não guardo mágoas. Não foi pessoal nem contra mim. Tanto que a reação partiu de outras pessoas. Para mim, tudo valeu a pena, porque a alma não é pequena”, considerou.

No atual cenário, Maurici evitou avaliar o governo do prefeito e correligionário Carlos Grana. “Não me sinto à vontade para emitir opinião. Reforço apenas que sigo na torcida por uma boa gestão e projeto sólido”, descreveu. 




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