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Vice-líder recorre a ‘coach’ na Mercedes-Benz Challenge

Adriano Rabelo conta com dicas de piloto de Campo Grande para dominar a pista

Dérek Bittencourt
Enviado a Campo Grande (MS)
12/09/2015 | 07:00
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Divulgação


Disputar o título de uma competição como a Mercedes-Benz Challenge exige cada detalhe de piloto. Com carros de motorização e aerodinâmica iguais, cabe a cada um tirar o melhor desempenho da máquina para brigar pelas primeiras colocações. E conhecer a pista é um diferencial muito grande, fato que diversos dos competidores não têm para a etapa deste fim de semana, em Campo Grande.

Na luta pelo campeonato da categoria CLA AMG, Adriano Rabelo, da Cordova, recorreu a uma prática comum no automobilismo para superar o fato de desconhecer a pista: contratou Rafael Motta, piloto nascido e criado na capital mato-grossense-do-sul, para atuar como coach (ou instrutor). Além disso, a equipe conta com simulador dentro do ônibus de viagem, dando ainda mais possibilidades de treinamento.

“Sempre é bom ter uma pessoa que conhece a pista para dar toques de onde frear, onde acelerar um pouco antes... Isso fez tanta diferença que sem conhecer fiz o terceiro melhor tempo, na chuva. Mostra que estamos no caminho certo”, destacou Rabelo, terceiro mais veloz na atividade de ontem, com 1min43s465, pouco mais de um segundo atrás do líder.

"É gratificante. Um serviço feito no automobilismo no qual a gente passa nossa experiência a um piloto que não conhece muito a pista. Para eles é muito importante. Cada informação é um, dois décimos que fazem a diferença. Tenho conhecimento aqui desde que se inaugurou o autódromo”, explicou Motta.

Fernando Júnior, da WCR, lidera a competição, com 80 pontos, enquanto Rabelo vem logo atrás, com 69. E o principal concorrente já tem experiência no circuito campo-grandense, o que fez Rabelo ver ainda mais necessidade em recorrer a Motta. “As dicas foram boas e deram resultado. Vamos esperar a classificação para tentar largar entre os três primeiros”, concluiu o piloto da Cordova, que depois foi brincar um pouco no simulador do time.

Incêndio em carro marca primeiro dia de atividades

O treino da CLA AMG encaminhava-se para o fim, alguns carros já dirigiam-se aos boxes quando, de repente, Carlos Kray, da CKR, encostou a Mercedes-Benz número 46 e uma labareda saiu por debaixo do assoalho. Desesperadamente o piloto abandonou o cockpit para bombeiros e equipes apagarem as chamas. Uma falha na mangueira do combustível ocasionou o problema, que assustou o piloto.

“Assusta bastante. Quando sai do boxe, senti cheiro forte de gasolina no carro, avisei ao pessoal e felizmente consegui voltar. Imediatamente as equipes ao redor prestaram assistência para apagar o fogo, que começou assim que desliguei o carro”, contou Kray, que não crê que o problema o tire da classificação, hoje, ou da corrida, amanhã. “O pessoal está fazendo a revisão para ver se houve algum dano maior, mas foi só o susto. Pegou fogo, porém a ação foi rápida. Não deve ter queimado nada importante no carro. A Mercedes está aí para dar assistência e, se precisar substituir alguma peça, até amanhã (hoje) dá tempo. Mas vamos para a corrida”, emendou o piloto.

O são-bernardense Fernando Fortes, da Mottin, foi o mais rápido do dia, com o tempo de 1min42s355, seguido por Cristian Mohr, da Rsports, com 1min43s395, e Adriano Rabelo, da Cordova, com 1min43s465. A chuva e a pista bastante molhada e desconhecida por muitos exigiram cautela dos competidores.

Na categoria C250, o mais veloz foi Peter Michel Gottshalk, da Paiolo Racing, com 1min49s831, único a andar abaixo do 1min50.




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