Segundo sindicato, unidade na Via Anchieta
irá encerrar as atividades no mês de setembro
A unidade da Basf na Via Anchieta, em São Bernardo, começará a ser desativada neste mês. Os cerca de 95 funcionários que trabalham no local serão demitidos gradativamente. Segundo o Sindicato dos Químicos do ABC, a planta deverá encerrar completamente as atividades em setembro.
Após assembleia realizada ontem, os empregados decidiram paralisar a produção até que a empresa aceite negociar com os trabalhadores. “Exigimos que os funcionários sejam transferidos para outras unidades ou que pelo menos seja oferecido algum pacote de benefícios para os demitidos”, comenta o diretor da regional São Bernardo do Sindicato dos Químicos do ABC, Sérgio Carasso.
Outra assembleia está marcada para a tarde de hoje para decidir sobre a continuidade da paralisação e, caso a empresa apresente alguma proposta, deliberar sobre os termos oferecidos na negociação.
Segundo Carasso, grupo de aproximadamente 20 colaboradores deverá ser demitido ainda neste mês. Em julho, outra turma, com o mesmo número de funcionários, será desligada, enquanto os cerca de 65 que faltarem deixarão os postos de trabalho em setembro, quando a fábrica fechará as portas definitivamente.
A empresa confirma que fará os cortes gradativamente, mas não dá detalhes sobre o cronograma. A Basf diz que o departamento de recursos humanos está “coordenando ações para minimizar os impactos sociais”. A companhia se classifica como “empregador socialmente responsável” e promete “oferecer um pacote interno de requalificação profissional e preparação dos colaboradores para a busca de novas oportunidades de emprego.”
Entretanto, a multinacional alemã não demonstra que irá facilitar os remanejamentos para outras unidades. “Os colaboradores da localidade Anchieta poderão se candidatar e participar de processos seletivos internos, desde que estejam de acordo com perfil solicitado para a vaga.”
A fábrica que será desativada produz poliamida (fibra sintética de plástico) e compostos destinados a aplicações de filmes e monofilamentos, além de plásticos de engenharia, matéria-prima para a fabricação de autopeças como painéis de carros e paralamas. Adquirida em 2012 da Mazzaferro pela Basf, a planta existe desde 1953. O anúncio sobre o fechamento foi feito na segunda-feira e, segundo trabalhadores, não houve comunicação prévia. A companhia possui outros 12 endereços no Brasil, inclusive outro em São Bernado, destinado à produção de tintas e vernizes.
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