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Crise é sempre crise
Por Rodolfo de Souza
25/07/2019 | 07:00
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O mundo está em crise, como em crise tem estado desde que o homem adquiriu consciência e se tornou sapiens. 

Crise é palavra que faz parte da vida das pessoas de todo o canto da Terra. Diversas são as formas de dizê-la, logicamente. Mas o significado é um só para algo que não vai bem, que compromete o vigor físico e mental de cada um, de alguma forma, submetido a ela. É comum ocorrer em casamentos, por exemplo, quando um cisco no olho abala sua frágil estrutura, e então a união entre duas pessoas entra em crise e desencadeia, com alguma frequência, uma crise depressiva. Não raro, esta também pode ter origem na escassez de dinheiro, amargura de tanta gente em crise. É a crise recessiva que pisa fundo no freio da economia e contribui decisivamente para dar cabo da harmonia de qualquer ninho de amor. 

Crises econômicas podem causar crises governamentais, e crises governamentais, normalmente, dão origem a muitos dissabores quando mantêm vazio o bolso do cidadão, dia-a-dia. Com isso, sucessivas crises financeiras promovem crises convulsivas na sociedade desempregada ou subempregada. Como vemos hoje, bem diante dos nossos olhos estupefatos.

A crise que o poder econômico mundial começa a experimentar e que alimenta as manchetes, há de abrir fendas no orgulho terrestre e, sem sombra de dúvida, outras virão e acertarão em cheio sua saúde e seu bem-estar. 

Assim como é a crise na educação, que deveria começar no lar e ser complementada na escola, mas que infelizmente deixa o menino e a menina de costas para o verdadeiro valor do conhecimento, para desenvolver neles um apego compulsivo pelo fútil, pelo banal e pela mentira.

Os ministérios que compõem o governo daqui desta terra de ninguém também nos deixam sem perspectivas boas para o futuro. E o da educação é, possivelmente, o que mais escancara a crise que ora se vive neste imenso território.

Mas por que ele? Simplesmente porque, procura minar a única esperança de liberdade e crescimento que vem por meio dela. Afinal, uma sociedade ignorante e embrutecida tende a seguir o caminho que lhe é mandado seguir, impedidos de questionar, sem sequer saber das outras possibilidades. 

A crise deixa evidente, pois, a fragilidade de um sistema cujos pilares têm como sustentáculo o rico poder monetário, que não demora, entrará também em crise. Por certo que devagar perdem o controle os senhores do dinheiro, que vêm no cifrão o seu deus maior.

Crise é finalmente existencial quando o peso de tudo isso começa a ficar insuportável nos ombros do ser humano, na verdade, seu criador e sua vítima. 




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