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Felipão diz que Chile era única seleção que não queria enfrentar

Treinador brasileiro destaca qualidade, catimba
e organização dos adversários, rivais nas oitavas

Por Anderson Fattori
Enviado a Brasília
25/06/2014 | 07:00
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Ricardo Trida/DGABC


Felipão havia dito antes de começar a Copa que, se pudesse, a única seleção que não gostaria de enfrentar era o Chile. Quis o destino, porém, que os rivais sul-americanos cruzassem o caminho do Brasil rumo ao hexacampeonato pela terceira vez na história – os brasileiros venceram todas as partidas: 4 a 2 na semifinal de 1962, 4 a 1 nas oitavas de final de 1998 e 3 a 0 na mesma fase em 2010.

O treinador brasileiro explicou por que havia feito o prognóstico. “Joguei contra o Chile duas vezes no ano passado (empate por 1 a 1, em abril, no Mineirão, e vitória por 2 a 1, em novembro, no Canadá) e percebi as dificuldades que a Seleção teve. Se pudesse escolher, escolheria outro time”, decretou. “É difícil por se tratar de seleção sul-americana, tem catimba, qualidade e organização.”

O treinador, porém, disse que vai estudar e encontrar forma de superar os surpreendentes chilenos, que se classificaram em segundo lugar do Grupo B, eliminando a Espanha, atual campeã mundial. “Vamos observar os jogos anteriores, os atuais, conversar com os jogadores e armar uma estratégia para tentar ganhar do Chile e avançar mais uma etapa na Copa”, prometeu.

Felipão sabe que a partir deste momento a pressão sobre o Brasil será ainda maior, principalmente pelo fato de a derrota significar o fim do sonho do hexa. “Na primeira fase poderíamos ter tido um tropeço, que mesmo assim classificaríamos. Agora, no mata-mata não dá para conceder oportunidades tão vivas ao adversário. Precisa ter uma postura equilibrada, bem pensada, porque um gol decide tudo. Não pode cometer tantos erros, temos de tentar fazer algo diferente no próximo jogo”, constatou.

Atletas pedem que time preste mais atenção para errar menos

Parecia discurso ensaiado, mas a maior parte dos jogadores da Seleção recomendou atenção para que os erros apresentados nos três primeiros jogos da Copa não se repitam nas oitavas contra o Chile. Os brasileiros, porém, seguiram o raciocínio do técnico Felipão e acreditam que o time está evoluindo a cada apresentação.

Fred, que adotou bigode e desencantou contra Camarões, foi um dos que chamaram atenção para os erros cometidos pelo time. “Agora é uma fase onde não se pode errar. A equipe está evoluindo e precisamos seguir neste caminho, descansar e fazer outra boa partida contra o Chile”, comentou o jogador.

O volante Luiz Gustavo acha que a Seleção precisa de mais concentração. “Todo cuidado é pouco. Precisamos prestar atenção nos detalhes contra o Chile. Dentro de campo procurar corrigir os erros, nos doar ao máximo porque agora chegou a melhor parte da Copa. Ou vai ou racha”, disse o jogador, que se tornou o maior ladrão de bola da Copa do Mundo, com 24 desarmes.

Ontem, os atletas curtiram folga ao lado de familiares na Granja Comary. Rafaella Santos, irmã de Neymar, teve enjoo ao descer da van, foi atendida pela equipe médica, tomou um refrigerante e se recompôs.




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