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Resgate de corpos continua em aeroporto do Congo
Do Diário do Grande ABC
17/04/2000 | 10:09
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Dezenas de corpos calcinados, vítimas de um incêndio no aeroporto de Ndjili, no Congo, no qual pelo menos 104 pessoas morreram no sábado, foram resgatados por voluntários da Cruz Vermelha nesta segunda-feira.

``Nossos voluntários retiraram dos escombros dezenas de corpos calcinados, decapitados, destroçados, mutilados ou em pedaços', afirmou, nesta segunda-feira pela manha, o porta-voz da representaçao local da Cruz Vermelha, Antoine Tawamba.

O governador de Kinshasa e porta-voz do núcleo de resgate organizado pelas autoridades disse que o balanço provisório do incêndio, até esta segunda-feira pela manha, era de 104 mortos e 237 feridos.

Um funcionário disse que o necrotério do hospital geral da cidade havia recebido 76 corpos identificáveis.

O incêndio ocorreu no sábado e devastou um depósito de muniçoes do aeroporto internacional de Ndjili. As pessoas foram feridas nas explosoes de obuses e granadas, que destruíram parcialmente o aeroporto.

O incêndio começou num depósito de granadas e obuses do exército congolês no aeroporto, provocando explosoes que destruíram as vidraças e o telhado do terminal. O fogo tomou conta do lugar por volta do meio-dia, quando vários operadores econômicos retiravam suas bagagens da aduana local.

Quatro dias depois do acidente, as autoridades da República Democrática do Congo (RDC) ainda nao sabiam determinar as causas exatas da explosao. Segundo a Agência Presse Associée (APA, independente), que cita uma testemunha, o incêndio foi causado por uma bomba que caiu durante o transporte de um carregamento de obuses.

O tráfego no aeroporto de Ndjili, suspenso depois do incêndio, deveria se reiniciar, nesta segunda-feira, anunciou a imprensa de Kinshasa.

No domingo, um aviao militar belga que levava material médico fez escala no aeroporto de Ndjili, anunciou o jornal Le Potentiel, citando um comunicado da embaixada da Bélgica em Kinshasa. A Bélgica enviou também três especialistas, para ajudar as autoridades congolesas a atender os queimados e as pessoas traumatizadas.

O governo de Bruxelas destinou, ainda, 7 milhoes de francos congoleses (1 dólar equivale a 9 francos congoleses) para organizar os funerais e custear os gastos de hospitalizaçao dos feridos.




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