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Restaurante a R$ 1 fica no papel em Sto.André
Por Andrea Catão Maziero
Do Diário do Grande ABC
17/11/2001 | 17:28
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O restaurante popular que a Prefeitura de Santo André e a Craisa (Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André) haviam programado para entrar em funcionamento até o fim deste ano ainda não saiu do papel. O secretário-adjunto de Inclusão Social e Habitação, Ricardo Beltrão, afirmou que o projeto deverá ser implementado apenas no ano que vem. “A alternativa é viável, mas faltam recursos”, disse.

A implementação do projeto foi anunciada em janeiro pelo prefeito Celso Daniel, com a proposta de que o restaurante vendesse refeição a R$ 1 para trabalhadores da cidade que não tivessem condições de pagar mais pelo almoço. O projeto funcionaria nos mesmos moldes dos restaurantes populares que já operam no Rio de Janeiro e em São Paulo. Além de vender refeição a preços populares, o espaço serviria para a formação de profissionais ligados ao setor de alimentação.

O restaurante seria criado com a ajuda de empresas privadas, e os profissionais contratados passariam primeiro por um curso de formação. A intenção era de que o equipamento funcionasse como uma espécie de restaurante-escola.

A previsão da Prefeitura também era de que o restaurante popular ficasse na região central da cidade, embora a implementação de um segundo equipamento no Jardim Santo André também já estivesse programada. Beltrão disse que as intenções continuam as mesmas, e que o restaurante é uma política possível que será integrada ao programa de Segurança Alimentar. Porém, a iniciativa ainda é barrada por questões financeiras. “Começamos a fazer contatos com empresas e apresentamos o projeto. A idéia está sendo bem aceita, mas os custos são altos.”

A intenção é que todo o planejamento se volte para a questão de o prato a R$ 1 consiga se autofinancar e não dependa da injeção de mais recursos por parte da Prefeitura, o que garantiria a viabilidade futura do programa.

O restaurante, de acordo com o secretário-adjunto, deve ter um modelo de gestão parecido com o Banco de Alimentos, onde existe uma câmara de gestão – formada por empresários, representantes do governo e Defesa Civil – para que, mesmo que ocorram mudanças na administração, o programa não venha a ser extinto.




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