Política Titulo Segurança em pauta
Diretor do Demacro avalia que leis penais devem ter mais rigor

Delegado Luís Augusto Castilho Storni fala dos investimentos na Polícia e diz que o tema segurança deve estar presente na eleição

Por Sérgio Vieira
Da Redação
15/05/2022 | 00:01
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André Henriques/DGABC


As leis penais no Brasil precisam ser mais rigídas para garantir que o bandido pague pelo crime. A avaliação é do delegado diretor do Demacro (Departamento de Polícia Judiciária da Macro São Paulo), Luís Augusto Castilho Storni. Em entrevista exclusiva ao Diário, ele disse que deputados e senadores devem discutir mudanças na legislação.

“Precisamos ter mais rigor na lei penal e os deputados precisam caminhar nessa direção. Se não houver uma resposta urgente do Congresso Nacional sobre essa questão, a população vai seguir lamentando pela morte de familiares”, disse.

O delegado cita o episódio jovem Renan Silva Loureiro, que morreu em São Paulo ao ser atingido por disparos de um criminoso disfarçado de entregador. “Como alguém que pratica uma barbaridade como essa pode voltar a conviver em sociedade? Não dá para conceder benefícios para bandidos”, afirmou. 

Storni também falou sobre o avanço dos investimentos na Polícia Civil desde o início da gestão de João Doria (PSDB), seguido pela administração de Rodrigo Garcia (PSDB). “A gente tem vivido, nos últimos três anos e quatro meses, um período de investimento na Polícia jamais visto”, disse. “Com a chegada do novo governador e do novo delegado-geral (Osvaldo Nico Gonçalves), a gente tem a sensação de continuidade desse grande trabalho. A escolha pelo doutor Nico foi muito feliz.”

Sobre o período eleitoral, o chefe do Demacro entende que o tema segurança estará muito presente nas campanhas a presidente e governador. “Certamente esse assunto terá destaque entre os candidatos. É importante que seja dito para a sociedade o que já foi feito e quais os futuros projetos de segurança pública.” 

Ainda sobre política, Storni também lamentou a recente fala do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que em discurso falou que o presidente Jair Bolsonaro (PL) “não gosta de gente, gosta de policial”. No dia seguinte, o petista pediu desculpas. “Toda vez que um político tece algum comentário sobre uma instituição que ele não sabe sequer como é o funcionamento, a gente lamenta. Quando ainda é com um tom jocoso e irônico, isso é ainda pior. Houve retratação, mas o que é lamentável é a colocação dele”, afirmou.

O Demacro tem área de atuação que abrange 12 milhões de habitantes, incluindo o Grande ABC. Estão ligados ao departamento as delegacias seccionais de Santo André, São Bernardo e Diadema. 

Há três anos e cinco meses à frente do Demacro, Storni falou do trabalho realizado pelos policiais do Grande ABC e da integração com outras forças de segurança. “Existe total harmonia entre guardas municipais, Polícia Militar e Polícia Civil. Há também o apoio irrestrito das prefeituras. A contenção da criminalidade é diária porque a polícia está 24 horas nas ruas. Esse é o recado que a gente dá ao criminoso.”




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