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Galvão Bueno: três décadas de espera
Sérgio Vieira
Do Diário do Grande ABC
10/09/2007 | 07:10
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Depois de três décadas de espera, moradores do entorno da estrada municipal Galvão Bueno, em São Bernardo – principal ligação por dentro do município das rodovia Anchieta e Imigrantes – comemoram o anúncio da duplicação de 2,9 km da vicinal.

Dos R$ 31 milhões para a obra – que deverá estar concluída em um ano e meio – R$ 20 milhões já foram liberados pelo governador José Serra (PSDB) e R$ 11 milhões serão investidos pela Prefeitura, como contrapartida municipal.

A pedido do Diário, o deputado estadual e candidato a vice-prefeito de São Bernardo na chapa governista, Orlando Morando (PSDB) – um dos articuladores para a liberação da verba estadual – vistoriou a estrada e mostrou as principais mudanças que afetarão os cerca de 20 mil moradores do bairro Batistini, que cruza a estrada. A região é um reduto eleitoral histórico do tucano.

"A duplicação da Galvão Bueno está para a cidade de São Bernardo assim como o trecho Sul do Rodoanel está para a Região Metropolitana”, compara o parlamentar.

As novas pistas da vicinal – que passarão de duas para quatro, nos dois sentidos – aumentarão o fluxo já constante de caminhões com destino ao porto de Santos. “O que hoje é feito em 15 minutos para cruzar toda a extensão da Galvão Bueno, poderá chegar a no máximo três minutos”, prevê Morando. Nos finais de semana, o fluxo não diminui na Galvão Bueno: os automóveis tomam conta da vicinal, por conta das dezenas de restaurantes da Rota do Frango com Polenta.

Mais reivindicações - Conscientes disso, comerciantes e moradores antigos do bairro lembram que a duplicação é apenas uma das reinvidicações. Segundo eles, a estrada ainda carece de iluminação e saneamento básico.

Proprietário há 27 anos de uma farmácia na rodovia, Mário Santana, diz que a duplicação era uma necessidade para o desenvolvimento do bairro.

Para Odair Battistini, dono de um restaurante, espera que a medida possa trazer de volta parte dos clientes que sumiram. “Muita gente quando descobre que estamos aqui na Galvão Bueno desmarca, por medo.” Ele também reclama da falta de iluminação. “Além de ser escuro em algumas partes, o aspecto é muito feio. Tem muito mato, que precisa ser cortado”, diz.

Até mesmo a Polícia Militar espera a conclusão da obra. Para o soldado Caetano, que atua na 1ª Companhia do 40º Batalhão, a falta de espaço dificulta o trabalho policial. “Se a gente fizer um comando, a estrada pára. Agora vai nos facilitar até na fiscalização.”

Morando reconhece a burocracia para a liberação da verba. “Não sabia que era tão difícil um convênio entre Prefeitura e Estado. Fiquei surpreso.”




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