Política Titulo Mauá
Atila emplaca parcelamento de dívida com Lara até 2025

Após oito meses, Câmara aprova projeto que autoriza dividir passivo em 60 meses

Por Júnior Carvalho
Do Diário do Grande ABC
23/09/2020 | 00:01
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O governo do prefeito de Mauá, Atila Jacomussi (PSB), vai parcelar a longo prazo dívida com a Lara Central de Resíduos Sólidos, responsável pela coleta de lixo na cidade. Em sessão extraordinária, a Câmara aprovou em definitivo projeto que autoriza a divisão do passivo de R$ 29,8 milhões em 60 vezes, empurrando a quitação da dívida para 2025.

A data em que o projeto foi protocolado na casa, em janeiro, indica que a proposta estava parada havia oito meses e, por isso, foi apreciada só agora, a toque de caixa e às vésperas do começo da eleição. Na justificativa do texto, o governo Atila explica que a negociação se dá em decorrência de ação de cobrança ajuizada pela Lara e que, caso não haja o parcelamento, o município “corre o risco de ver suspensos os serviços (de coleta de lixo)”.

O projeto destaca que a negociação com a Lara resultou em desconto de 31,3% no valor total da dívida. Ocorre que, como o projeto estava estacionado na casa havia meses, o município terá, em tese, de pagar as parcelas retroativas, já que a negociação previa o vencimento da primeira mensalidade em 30 de março. De lá para cá, já se passaram seis meses, ou seja, acúmulo de parcelas (no valor de R$ 150 mil cada) que totalizam R$ 900 mil.

Para conseguir parcelar a dívida milionária com a Lara, cujo dono é Wagner Damo – sobrinho da vice-prefeita Alaíde Damo (MDB) –, o município terá de assinar termo de confissão de dívida. Curiosamente, Atila criticou a vice, que herdou o Paço em decorrência dos afastamentos por prisão e pelo impeachment, por quebrar a ordem cronológica de pagamentos do Paço para quitar débitos com a Lara.

NOVA SAMA
Na mesma sessão em que aprovou o parcelamento da dívida com a Lara, na semana passada, a Câmara de Mauá aprovou projeto que reestrutura a atuação da Sama (Saneamento Básico do Município de Mauá), que concedeu seu principal papel na cidade – abastecimento de água – à Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo). Pela proposta, a Sama mantém a sigla, mas será rebatizada de Saneamento e Serviços de Mauá.

Agora, a autarquia gerenciará os contratos com a Sabesp e com a BRK Ambiental, responsável pelo saneamento, além de assumir a gestão dos serviços de limpeza urbana, habitação e iluminação pública.  




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