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Santo André requer US$ 50 mi para obras

Paulo Serra entrou com pedido de empréstimo
junto a banco de desenvolvimento da América Latina

Por Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
29/09/2017 | 07:00
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Denis Maciel/DGABC


O governo do prefeito de Santo André, Paulo Serra (PSDB), formalizou proposta de contratação de empréstimo externo, no valor de US$ 50 milhões (o equivalente a R$ 159,1 milhões, na cotação de ontem), junto à CAF (Corporação Andina de Fomento), banco de desenvolvimento da América Latina, para financiamento de obras ambientais, de saneamento e viárias na cidade. No pacote requerido à instituição financeira, o Paço inclui a recuperação do Parque Guaraciaba, antiga demanda da região, e finalizar ligação entre as avenidas Giovanni Batista Pirelli e Luiz Ignácio de Anhaia Mello, hoje inacabada, com a Avenida Valentim Magalhães, além de prever canalização do Córrego Cassaquera.

O tucano protocolou pedido da operação de crédito em Brasília após audiência com o diretor representante da CAF no Brasil, Victor Manuel Silvestre Frontaura. Antes do encontro, no entanto, Paulo Serra já havia encaminhado plano de intenções da administração, no fim de junho. Em agosto, o banco deu retorno positivo a partir da comprovação de que a Prefeitura possui capacidade para contrair empréstimo, solicitando que a gestão registrasse todas as características em projeto básico, contendo a descrição completa do plano e cronograma de intervenções – esse documento foi apresentado na reunião.

Nesta negociação, a União não entra como fiadora do processo – diferentemente da tramitação do empréstimo no BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) –, o que pode, na visão do prefeito, acelerar a liberação dos recursos. Com o aval da CAF, o próximo passo é análise da Cofiex (Comissão de Financiamentos Externos), órgão ligado ao Ministério do Planejamento, passando na sequência para a Casa Civil e Senado. “A aceitação preliminar já foi feita. Nossa pretensão é colocar a apreciação do projeto na Cofiex no início de 2018, que será mais célere do que a do BID. O tempo médio na CAF é de 12 a 15 meses. Atuaremos para que em 2019 possamos começar as obras”, pontuou.

Solucionar o impasse do Parque Guaraciaba, onde fica o chamado Tancão da Morte, consta no programa de governo do tucano. O espaço já foi utilizado no passado como um parque, ainda na primeira gestão de Celso Daniel (PT, entre 1989 e 1992), mas atualmente está desativado. O Ministério Público pediu o fechamento definitivo do equipamento em 2004 depois de mortes no lago artificial – ao menos 38 crianças e jovens foram vítimas no local –, o que não evitou incidentes registrados em 2014.

O resgate do parque, com 510 mil metros quadrados, custaria cerca de US$ 10 milhões (R$ 31,8 milhões). “Queremos fazer a recuperação ambiental do local, um símbolo da cidade. Aquela região é carente de espaços de lazer e esporte. Vamos retomar esse projeto do Celso”, disse o prefeito, ao citar que o Paço estuda alternativas para o lago, como diminuir a sua profundidade, de 50 metros.

As obras viárias e de drenagem na região do Cassaquera, por sua vez, despenderiam aproximadamente US$ 30 milhões (R$ 95,4 milhões). Os outros US$ 10 milhões englobam medidas complementares. 




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