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Projeto de segurança abrange estádios
Por Divanei Guazzelli
Do Diário do Grande ABC
14/02/2002 | 00:51
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Os estádios de futebol do Brasil podem, finalmente, tornar-se mais seguros, num movimento iniciado principalmente depois da tragédia de São Januário, no dia 30 de dezembro de 2000, na final da Copa João Havelange, entre Vasco e São Caetano. Na ocasião, a queda de alambrado provocou cerca de 200 feridos. Projeto do deputado Ronaldo Vasconcellos (PL-MG), que estabelece normas de segurança em estádios com eventos esportivos e públicos, já está pronto para ser incluído na ordem do dia do Plenário da Câmara. O projeto, segundo a Agência Câmara, já passou pelas comissões de Educação, Cultura e Desporto; Constituição e Justiça e de Redação; Finanças e Tributação e Relações Exteriores e de Defesa Nacional.

Estádios com capacidade igual ou superior a 5 mil torcedores, como os quatro do Grande ABC utilizados para jogos entre equipes profissionais (Anacleto Campanella, Bruno Daniel, Municipal de Mauá e Vila Euclides), já terão de se adaptar às novas normas, caso os deputados aprovem o projeto. Os estádios terão de apresentar portões com sistema automático para a contagem de pagantes; separação entre arquibancadas e campo igual ou superior a 15 m, para evitar arremesso de objetos, além de recursos que impeçam a invasão de campo. Para evitar o risco de uso como “armas mortais”, o texto proibe colocação de grades e alambrados. Saídas de emergência também serão obrigatórias, segundo o projeto, assim como serviço médico e de remoção de feridos em acidentes ou tumultos.

Em caso de aprovação, ingressos terão de ser numerados conforme o lugar de torcedor, além da proibição de venda em número superior à da capacidade do estádio e da inclusão de seguro de vida do torcedor. O projeto impede ainda a venda e o consumo de bebida alcoólica nos estádios. A desobediência de qualquer item será considerada crime, com os responsáveis sujeitos a pena de detenção.




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