"Estamos fazendo hoje um retrato completo da opinião que cada país tem a respeito do novo Tratado. Constatamos a força e a intensidade com que certas emendas são defendidas", afirmou Berlusconi, que preside a reunião da União Européia (UE) ampliada, que conta com a participação de 25 Chefes de Estado e de Governo.

"Saberemos superar as divergências que ainda existem", afirmou o primeiro-ministro italiano, que não aceitou as insinuações de que está colocando em jogo seu prestígio como político internacional com a vontade de aprovar a nova Carta Magna até o final de 2003.

"Todos nós desejamos que termine em meados de dezembro, para que seja traduzida a 20 idiomas, de maneira que os cidadãos europeus estejam conscientes do Parlamento que vão eleger em junho de 2004", declarou durante uma entrevista coletiva conjunta com o presidente da Comissão Européia, o italiano Romano Prodi, e o presidente do Parlamento Europeu, o irlandês Pat Cox.

Para Berlusconi, a responsabilidade do sucesso ou fracasso da Conferência Intergovernamental para a elaboração da constituição é de todos os países. Além disso, reiterou que as nações devem abandonar "uma visão individualista de próprio interesse".

Como é habitual, o Chefe de Governo italiano e magnata das comunicações fez uma piada. Ao ser perguntado sobre como convencerá seus colegas a cumprir os prazos estabelecidos, respondeu: "Com o encanto", disse sorrindo, para logo depois acrescentar que espera que "o interesse de todos prevaleça, o interesse da Europa".