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Atila Jacomussi deixa o PSB e se filia no Solidariedade

Ex-prefeito de Mauá já havia dado sinais de que deixaria a legenda; ele deve concorrer a deputado estadual

Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
07/05/2021 | 11:20
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André Henriques/DGABC


Atualizada às 15h38

Ex-prefeito de Mauá, Atila Jacomussi deixou o PSB e está filiado ao Solidariedade, partido vinculado à Força Sindical, cujo cacique é o deputado federal Paulinho da Força. Atila, inclusive, consta no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) como primeiro secretário executivo da legenda.

Chefe do Executivo mauaense entre 2017 e 2020, Atila já havia dado sinais de que iria sair do PSB. Entre os possíveis destinos, havia citado Cidadania, PCdoB, além do Solidariedade. A filiação de Atila no Solidariedade foi confirmada no dia 1º de março, segundo registro do TSE.

Ao Diário, Atila declarou que recebeu o convite para executar o trabalho que vinha sendo desempenhado pelo ex-ministro Aldo Rebelo (SD), que se licenciou das funções partidárias depois de aceitar ser colunista da BandNews.

“Vamos buscar trabalhar em todo o Estado. A atuação terá o Grande ABC, o Alto Tietê, em busca de construção do partido para a eleição do ano que vem e também já pensando em 2024. Vamos lutar para eleger quatro federais e quatro estaduais”, comentou o ex-socialista, que deve concorrer a deputado estadual na eleição do ano que vem. No ano passado, perdeu a reeleição para Marcelo Oliveira (PT), no segundo turno.

O ex-prefeito evitou criticar o PSB, agora sua antiga casa. Aliados dele não esconderam decepção com pouco suporte da direção na campanha do ano passado. “Por todas as passagens da vida a gente agradece, todas nos trazem aprendizado. Fui eleito prefeito de Mauá pelo PSB, que me acolheu quando saí do PCdoB, por uma questão política de Mauá para que pudéssemos ganhar campo na cidade. O PSB tinha suas prioridades nas eleições de 2020, seus dirigentes fizeram as avaliações. Eu não saio com mágoa. Agradeço, aliás, pelos amigos que construí no PSB.”

No Solidariedade, Atila vai ser correligionário do vereador Neycar (SD), protagonista na novela de idas e vindas do político. Quando Atila foi preso pela primeira vez, no início de 2018, Neycar, então presidente da Câmara, se mostrou aliado e evitou qualquer avanço de pedidos de impeachment. Na segunda detenção, no fim daquele ano, houve reviravolta, tanto que Atila chegou a ser cassado – decisão essa anulada na Justiça posteriormente. Depois de distanciamento, os dois se reaproximaram, tanto que Neycar apoiou a tentativa de reeleição de Atila.

“O Neycar é o atual presidente, é uma pessoa pela qual eu tenho imenso carinho e consideração. Quando conversei para chegar ao Solidariedade, eu fui claro em dizer que a autonomia do Ney seria preservada. Ele continua no comando e fazendo o grande trabalho que faz. Eu não mordo a mão das pessoas que me ajudam. Sou homem que não esqueço os caminhos que segui. Não esqueço minha trajetória. O Ney é da mesma forma”, comentou.

Vice-presidente do PSB mauaense e integrante da executiva estadual do partido, David Ramalho citou que o momento, com a saída de Atila, é de reformulação no partido. “O Atila cumpriu a função no PSB. Entendemos que ele está buscando novos ares e desejamos boa sorte. Agora, a gente vai se juntar com a bancada de vereadores (o PSB tem Ricardinho da Enfermagem e Samuel Enfermeiro na Câmara) e e os dirigentes partidários para definir os rumos que o PSB vai tomar com a saída do ex-prefeito. Em conjunto com o deputado estadual Caio França.”
 




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