Maior artilheiro da história das Copas do Mundo, com 15 gols marcados em quatro edições disputadas. Nesse período, foi campeão mundial duas vezes e disputou um total de 97 partidas. Enfim, Ronaldo tem um currículo de respeito na Seleção Brasileira. Mas, para voltar a defender o Brasil e jogar a Copa de 2010 na África do Sul, ele admite até ficar na reserva do time do técnico Dunga.

"Primeiro, o desejo de ir à Copa, de voltar à seleção, eu tenho mesmo. E quando somos convocados não está escrito se é para ser titular ou reserva. Se isso acontecer (convocação), vou com toda humildade do mundo que sempre tive para ajudar e fazer parte do grupo", afirmou Ronaldo, em entrevista coletiva ontem, quando confirmou que volta a jogar pelo Corinthians no domingo, após passar quase dois meses se recuperando de fratura na mão esquerda.

Ronaldo tem uma pequena esperança de ser chamado por Dunga na quinta-feira, quando será anunciada a lista para os dois últimos jogos do Brasil nas Eliminatórias da Copa, contra Bolívia e Venezuela, respectivamente nos dias 11 e 14 de outubro. Mas ele considera a chance remota, justamente por não estar jogando.

"Seleção é sempre o momento. E agora estou parado devido a lesão. Lógico que eu quero, mas o Dunga precisa me ver em atividade", discursou o atacante do Corinthians. "Vou aguardar minha oportunidade com paciência e demonstrando que posso voltar a ser convocado."

Ronaldo faz questão de frisar que conhece grande parte do grupo de Dunga e usa um discurso de humildade para se encaixar na filosofia do técnico da seleção, com o qual jogou nos mundiais de 1994 e 1998. "Conheço o grupo e não sou polêmico ou rebelde. Sou só mais um querendo ajudar. Precisando da minha ajuda, é lógico. Não tem esse mito que chegaria para mudar o ambiente", disse o atacante, numa clara campanha para voltar a defender o Brasil.

Ele também disse não querer atrapalhar, definiu os resultados de Dunga como incríveis e fez vários elogios a Luís Fabiano, o titular do ataque da seleção. "Ele está numa fase incrível. Não diria fase, pois é um grande jogador. Esperou pacientemente pela chance e sempre fez muitos gols. É uma unanimidade no clube e na seleção e fico feliz por ele", afirmou Ronaldo.

A VOLTA - Ao falar sobre seu retorno, Ronaldo definiu como tortura os quase dois meses longe dos campos. Afirmou não aguentar mais concentrações e treinos em dois períodos, lembrando que nem ver futebol lhe trazia prazer nos últimos tempos. "Ficar parado só atrapalha", revelou o atacante, mostrando estar ansioso para a partida de amanhã, quando o Corinthians enfrenta o Goiás, no Pacaembu, pela 25ª rodada do Brasileirão.