O nível de preocupação dos trabalhadores com o uso indevido dos cartões de crédito ou débito por outras pessoas é de deixar cismado até quem não se importava muito com a questão.

Pesquisa da Unisys, empresa do setor de Tecnologia da Informação, revela que 82% dos consumidores das classes A, B e C estão “extremamente” ou “muito preocupados” em terem seus dados usados de má-fé.

O estudo vai mais além: numa escala de zero a 300, onde quanto maior o número, maior a preocupação, as dores de cabeça relacionadas à segurança financeira atingem a nota 197.

“Apesar de os bancos fazerem investimentos enormes em segurança, as pessoas ficam amedrontadas, pois os crimes se reciclam”, disse o presidente da Unisys Brasil, Paulo Bonucci.

No entanto, de acordo com Bonucci, não bastam os grandes investimentos tecnológicos das instituições financeiras para aumentar a segurança dos clientes, para ele, o usuário também precisa se proteger. Uma das maneiras é manter-se informado e alerta sobre o assunto.

Internet - Apesar de apenas 20% da população brasileira ter acesso à internet, segundo Bonucci, a insegurança em relação à utilização da rede é representativa: 55% dos pesquisados demonstram preocupação em receber e-mails não solicitados ou vírus para computador. O nível aumenta para 63% entre as pessoas com nível superior.

“O dado é preocupante se levada em consideração a rapidez com que o acesso à internet chega às pessoas”, afirmou o presidente. Segundo ele, a quantidade de usuários da rede deve dobrar em um ou dois anos.

Compras - Uma vez que as dúvidas relacionadas à segurança de navegar pela internet são altas, o nível de preocupação em relação a gastar dinheiro virtualmente surpreende por ser um pouco menor, de 51% entre quem está extremamente e muito preocupado com a questão.

“Poucas pessoas ainda usam a internet para fazer compras”, explicou Bonucci. A preocupação tende a aumentar conforme aumente o uso.

Compromissos - A incerteza em honrar com os compromissos financeiros, como financiamentos imobiliários e faturas de cartões, atinge 61% população.

“Como muitos empréstimos são feitos a longo prazo, as pessoas ficam inseguras sobre o nível financeiro futuramente.”