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Roupas que prometem
Por Luciana Bugni
Do Diário do Grande ABC
18/02/2006 | 09:23
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Não há como afirmar que as peças apresentadas no Amni Hot Spot, que terminou ontem no Espaço Iguatemi, no shopping paulistano homônimo, têm uma unidade. Vinte promessas no mundo da moda mostraram suas diferentes coleções nos três dias do evento, em desfiles seqüenciais de cerca de uma hora. O público mal tinha tempo de assimilar a proposta de uma marca pois, em seguida, as luzes se apagavam, a trilha sonora mudava e vinham mais looks de outro estilista. A conclusão já era sabida: no inverno, as golas estarão volumosas, o tule aparecerá aqui e ali e a cintura marcada será unânime. A novidade é que o preto, onipresente nos demais eventos de moda dessa temporada, pouco apareceu. Foram o branco e os demais tons claros que imperaram dessa vez.

Na quarta-feira (dia 15)
Simone Nunes abriu a passarela, após incompreendida instalação de Raquel Uendi, que apresentou apenas um look. Simone levou peças claras, em misturas de franjas e paetês e silhuetas soltas. Os vestidos sobrepõem calças e as peças têm uma série de aviamentos, como broches e pingentes grandes. Tafetá, tricoline e algodão aparecem repletos de bordados.

A delicada Thaís Gusmão apresentou lingerie predominantemente rosé e roxa. As peças de estampas divertidas geralmente produzidas pela marca deram lugar a babados, retalhos e tule em estampas geométricas e bem românticas. Das calcinhas e sutiãs, Thaís partiu para meias-calças, cintas-liga e até acessórios como bolsas de mão em formato de coração. Adriana Degreas investiu em biquínis cortininha com recortes diferentes e peças para o frio, com faixas largas na cintura, que lembravam os cintos de super-heróis.

A grife Amapô, num clima de anos 80 apresentou cores fortes e recortes diferentes que reestruturavam as peças. Looks masculinos foram exibidos, mas a modelagem andrógina não diferia muito da feminina em recortes, pregas e estampas.

Priscila Darolt abriu a quinta-feira de desfiles com aplicação de botões em lugares inusitados nas peças. As golas avantajadas dividiam espaço com peças justas e curtas, como casacos que podiam ser usados como mini-vestidos. A irregularidade nas roupas marcou o desfile e uma mesma blusa podia ter excesso de tecido em um dos braços e manter o outro ombro à mostra.

O desfile de J pode ser definido como um festival de tons de azuis em listras grossas. Amarrações de espartilho enfeitavam as peças nas costas de casacos ou na lateral das pernas de calças justas. A transparência ficou por conta dos vestidos roxos e esvoaçantes e o tule era responsável pelo volume das peças. A Gokko exibiu peças delicadas, com renda e laçarotes. Na noite de ontem, Amonstro e Fuxique estavam entre as grifes que fecharam o evento, que também é idealizado por Paulo Borges, criador da São Paulo Fashion Week.




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