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Arma do coronel Ubiratan está desaparecida, diz polícia
Do Diário OnLine
11/09/2006 | 17:57
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O delegado Armando de Oliveira Costa Filho, do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa), confirmou na tarde desta segunda-feira que uma arma do deputado estadual e coronel reformado da PM (Polícia Militar) Ubiratan Guimarães (PTB), 63 anos, encontrado morto no fim da noite deste domingo, está desaparecida.

Ubiratan, responsável por comandar em 1992 a operação que resultou na morte de 111 presos na Casa de Detenção do Carandiru, foi achado em sua residência, localizada nos Jardins, Zona Sul de São Paulo. Ele, que teve sua candidatura à reeleição impugnada pela Justiça Eleitoral, foi encontrado por um de seus assessores. O corpo estava jogado no chão, enrolado em uma toalha e com uma perfuração de bala na região do abdômen. Aparentemente nada foi levado do local.

Segundo o delegado do DHPP, na residência de Ubiratan estavam quatro revólveres calibre 38, uma pistola automática 765 e uma escopeta calibre 12. No entanto, outro revólver calibre 38 está desaparecido.

Não havia sinais de luta ou arrombamento na residência. No entanto, de acordo com informações da GloboNews TV, a porta dos fundos estaria destrancada. Os indícios levam a crer que o assassinato tenha ocorrido no sábado, já que o jornal de domingo não havia sido retirado da porta.

A namorada de Ubiratan, a advogada Carla Cepalino, 42 anos, prestou depoimento no DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa) nesta segunda-feira. Ela foi a última pessoa a encontrar a vítima. A polícia se pronunciará sobre o caso somente após a divulgação da autópsia do corpo.

Em 2001, Ubiratan chegou a ser condenado a 632 anos de prisão pelo massacre no Carandiru. No entanto, no início deste ano, o Tribunal de Justiça anulou o julgamento e absolveu o coronel. Ele nunca chegou a ser preso.

O corpo de Ubiratan Guimarães foi velado no Regimento de Cavalaria da PM, em São Paulo, e enterrado no final desta tarde no Cemitério do Horto, Zona Norte da capital.

Ligação – A polícia deve investigar se a morte do coronel tem alguma relação com o assassinato do diretor do Carandiru na época do massacre, José Ismael Pedrosa, ocorrido em outubro do ano passado, no município de Taubaté, interior do Estado. A facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) é acusada de comandar a execução.



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