Em três dias de vigência, o novo PDV (Programa de Demissões Voluntárias) aberto pela General Motors na ferramentaria da fábrica de São Caetano recebeu ao menos 30 adesões até esta quarta-feira, informou o Sindicato dos Metalúrgicos da cidade (vinculado à Força Sindical). Outros quatro trabalhadores avaliam se fazem a mesma opção. O prazo para os interessados pelo plano se estende até a próxima segunda-feira.

O programa entrou em vigor no início desta semana, depois da baixa adesão do PDV anterior no mesmo setor, quando houve quatro adesões. Já membros da Cipa (Comissão Interna de Prevenção a Acidentes) ligados à oposição destacaram que a montadora conseguiu atingir a meta de 40 dos cerca de 620 trabalhadores da área. A GM não comentou o assunto.

O membro da Cipa João Sipriano afirmou que a empresa vem pressionando os funcionários para que optem pelo programa. "Como o objetivo não foi alcançado no PDV anterior, a empresa orientou os supervisores a chamarem alguns escolhidos para persuadi-los. Muitos deles acharam que a melhor opção é fazer a adesão com medo de serem demitidos sem os benefícios mais tarde."

O presidente do sindicato, Aparecido Inácio da Silva, o Cidão, negou que haja pressão por parte da empresa, mas admitiu que alguns empregados foram "apenas chamados para conversar sobre o PDV". Também contestou os números da Cipa e criticou Sipriano. "Nem ele nem a oposição ao sindicato têm credibilidade para falar sobre o assunto."

O PDV foi aberto para atingir o excedente de funcionários na ferramentaria, que corre o risco de ficar ociosa no próximo mês.