Cultura & Lazer Titulo Coreografia
Grupo traz obras internacionais
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09/09/2010 | 07:05
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A São Paulo Companhia de Dança nasceu com a proposta de combinar obras contemporâneas a revisitas ao repertório canônico da dança. É esse o norte que guia o conjunto desde sua criação, em 2008. E é isso que o grupo reafirma nas duas coreografias inéditas que traz a público a partir de hoje no Teatro Alfa (Rua Bento Branco de Andrade Filho, 772. Tel. 5693-4000. Ingr.: de R$ 40 a R$ 60), em São Paulo.

Em sua segunda temporada neste ano, serão apresentadas Sechs Tänze, de Jirí Kylián, e Prelude à l'Après-Midi d'Un Faune, de Marie Chouinard. Em ambos os casos, os trabalhos não foram criados sob encomenda. Antes, constituem obras de reconhecida importância internacional que a companhia incorpora ao seu repertório. "Buscamos sempre esse equilíbrio entre peças contemporâneas e trabalhos canônicos", comenta a diretora Inês Bogéa sobre o programa.

Com Sechs Tänze, a São Paulo Cia. De Dança marca a primeira incursão de um conjunto brasileiro pela criação do tcheco Jirí Kylián.

A escolha não deixa de ser um diálogo com a remontagem de Theme and Variations, peça do russo George Balanchine (1934) que já foi encenada pelo grupo em maio e volta ao programa até o dia 12 no Alfa. Mas, ainda que existam pontos de contato entre os dois coreógrafos, esclarece Bogéa, a escolha deste trabalho de Kylián também abre outros territórios para o grupo. Conhecido pelo caráter lírico de suas coreografias, o criador tcheco aparece aqui em uma obra de traços abertamente cômicos. "Essa coreografia flerta com o humor, a ironia. E, por isso, exigiu dos bailarinos uma forte carga de teatralidade", observa a diretora Iracity Cardoso.

Prelude à l'Après-Midi d'Un Faune é uma releitura da canadense Marie Chouinard (1994) para a polêmica coreografia de Nijinsky. Apresentada pela primeira vez em 1912, a obra do coreógrafo russo chocou Paris por seus movimentos de pendor sexual e é saudada como um dos marcos da dança moderna. "Essa releitura de Chouinard mostra como olhar para um momento histórico e estabelecer seu diálogo com a contemporaneidade", pontua Inês Bogéa.




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