O senador americano Norm Coleman, um dos mais ferrenhos críticos do secretário-geral da ONU (Organização das Nações Unidas), Kofi Annan, anunciou nesta sexta-feira que quer vê-lo deixar o cargo, depois das críticas recebidas pela comissão de investigação sobre o escândalo "Petróleo por Alimentos".

Annan já não tem "a autoridade nem a capacidade" de realizar as reformas que a ONU precisa, afirmou Coleman aos jornalistas durante uma visita à sede da organização.

O senador por Minnesota, presidente de uma subcomissão do Senado que investiga, também, o programa da ONU no Iraque, destacou que viajou a Nova York para reunir-se com o embaixador americano, John Bolton, e com outros delegados, para conversar sobre a reforma da organização.

A visita se realiza depois da publicação, quarta-feira, de um informe da comissão independente, chefiada pelo ex-presidente do Federal Reserve americano, Paul Volcker, que criticou Annan por seu papel como dirigente da ONU, devido aos graves erros de gestão observados no programa "Petróleo por Alimentos".

Este escândalo "demonstra a necessidade de reforma" da Organização. "Houve fraude, corrupção, má gestão", disse Coleman.

O senador afirmou que a reforma será "muito mais difícil por estar manchada a reputação da pessoa que dirige um trabalho desta envergadura".