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Apesar de crise, Volpi se ampara em governabilidade
Por Cynthia Tavares
do Diário do Grande ABC
09/09/2011 | 07:00
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O PV de Ribeirão Pires tem enfrentado fase mais complicada desde que o prefeito Clóvis Volpi (PV) assumiu o Paço em 2005. Apesar de perder sua bancada de três vereadores e enfrentar problemas para achar figuras que reforcem a legenda, a governabilidade do verde não foi afetada. A base de sustentação garante tranquilidade para Volpi neste fim de segundo mandato. São 14 partidos que compõem o arco de alianças e oito de 11 vereadores.

O próprio prefeito reconhece a importância dos seus aliados. É comum vê-lo falar que, apesar das baixas, o relacionamento com o Legislativo anda bem. Volpi enfatiza que tem oito vereadores, sem colocar na conta o presidente da Câmara, Gerson Constantino (PV), que anunciou ida para o PSD, mas reiterou posicionamento pró-administração. A oposição, nem sempre tão ferrenha, fica por conta de Koiti Takaki (PV, mas de saída para PSD) e Saulo Benevides (sem partido).

Nesta semana, o vereador Edson Savietto, o Banha (PDT), rejeitou o convite para integrar e reforçar os quadros do PV. Volpi garante que a recusa não influenciará na conjuntura de alianças. "Ele é meu amigo e faz parte da sustentação. Lamentamos pela perda do grupo político dele, mas continuamos unidos e tranquilos", afirmou o chefe do Executivo.

O prefeito ressaltou que gostou da atitude do parlamentar ao explicar seus motivos para permanecer no PDT, partido ao qual preside em âmbito municipal. "Ele tem medo de alguém pedir a vaga dele na Câmara, pois o primeiro suplente é o ex-vereador Gilson Hamada", analisou o verde.

A decisão de Banha saiu após reunião com o presidente estadual do PDT, o deputado federal Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força. Nos bastidores ventila-se a informação de que a legenda deixou claro que pediria a cadeira do parlamentar na Justiça, por infidelidade partidária, caso ele deixasse a sigla.

As consequências da escolha em favor do PDT tiram o vereador da disputa majoritária. Se tivesse rendido ao cortejo do prefeito, o pedetista tinha grandes chances de ocupar a vaga de vice pela chapa governista. O vereador admite que sua permanência no PDT dificulta a escolha. Volpi, entretanto, desconversou. "Ele se colocou à disposição", salientou.

É a segunda vez que o parlamentar abre mão de tentar alcançar voos mais altos na política. Em 2003, quando ainda estava filiado ao PT, Banha aparecia em segundo lugar nas pesquisas, mas escolheu concorrer novamente ao Legislativo.

Oxigenação - Volpi não se abateu com a negativa de Banha. "Hoje já filiei três novos pré-candidatos que têm muito potencial. Apesar dos novos que queremos trazer, nada nos impede de tentarmos atrair um atual vereador", ponderou.

A informação recorrente é que Jorge Luis de Moraes, o Jorginho da Autoescola (DEM), seja convidado para trocar de partido nos próximos dias. ele tem boa relação com Guto Volpi, filho do prefeito, que já presidiu o DEM e hoje está no PV.




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