Economia Titulo Aumento
Vendas de caminhões reagem

Segmento cresce 18,2% em setembro; o setor de ônibus
teve retração de 18,4% nos primeiros nove meses do ano

Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
08/10/2009 | 07:00
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Segmento que ainda derrapava nas vendas no primeiro semestre, a área de caminhões começa a mostrar reação, como reflexo das novas linhas de financiamento do BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social). Em setembro, a produção cresceu 21,2% e as vendas ficaram 18,2% maiores frente a agosto.

No entanto, os números das fabricantes, nessa categoria de veículos, ainda estão bem abaixo dos observados no ano passado. O total produzido no mês (11.531 unidades) é 31,2% inferior ao do mesmo de 2008 e o volume comercializado no mercado interno (9.893) é 14% menor.

O estímulo veio de duas linhas, criadas em julho e que têm condições especiais válidas até dezembro deste ano: o PSI (Programa de Sustentação de Investimentos), que oferece taxa de 7% ao ano para a compra de caminhões, carretas, reboques e outros implementos; e o Procaminhoneiro (voltado para transportadores autônomos), que estabelece juros fixos de 4,5% ao ano.

O presidente da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), Jackson Schneider, afirma que essas condições de financiamento ajudaram a tirar o segmento de transporte de carga da crise, mas a associação não conversou com o governo federal sobre a possibilidade de estender a duração desses programas por mais tempo.

ÔNIBUS - Enquanto há retomada nos caminhões, o segmento de ônibus continua em retração.

Em setembro, essa categoria de veículos seguiu com vendas no mercado interno em baixa (de 5,4%) frente a agosto. No primeiros nove meses do ano, há retração de 18,4%.

Houve apenas ligeira reação nas encomendas ao Exterior. No mês, o total exportado cresceu 4,3%. Ainda é pouco, já que, no acumulado do ano, os números estão 41,8% inferiores frente aos de igual período de 2008.

EXPORTAÇÕES - Se no mercado interno, as fabricantes comemoraram resultado recorde em setembro, as vendas ao mercado internacional seguem sendo um entrave para a atividade. Exportações totais do segmento (incluindo automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus) voltaram a cair (6%) no mês passado e, neste ano, já acumulam, até agora, retração, de 42,8%.

Schneider cita que o efeito cambial - a queda do dólar frente ao real nos últimos meses - pode atrapalhar a competitividade das montadoras nos negócios ao Exterior, mas, por enquanto, o que tem dificultado é o encolhimento de tradicionais mercados lá fora.




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