``Nao haverá nenhum progresso nela e seu primeiro objetivo é desativar a sublevaçao contra a ocupaçao israelense' dos territórios palestinos, afirmou.

``Lamento que (o presidente palestino Yasser) Arafat tenha aceitado comparecer. Alguns dizem que nada pode negar aos americanos', disse Abu Shanab durante a entrevista, realizada em sua casa, em Gaza.

Segundo Abu Shanab, a reuniao está destinada ``a fazer dissipar ante os olhos do mundo os criminosos ataques de Barak' contra os palestinos.

Nos territórios, mais de duas semanas de confrontos entre manifestantes palestinos e soldados e colonos israelenses deixaram 107 mortos e mais de 3 mil feridos, em maioria palestinos.

Para Abu Shanab, a cúpula de Sharm el Sheikh também é destinada ``a prejudicar' a reuniao árabe, prevista para os dias 21 e 22 de outubro, no El Cairo, sobre a situaçao nos territórios palestinos.

Na opiniao dele, nao resta aos palestinos nenhuma outra alternativa senao ``enfrentar-se força com força'.

``Vamos continuar nossa luta contra o exército israelense e contra as colônias judaicas até que se retirem dos territórios', disse.

A enorme desproporçao das forças presentes no cenário, tanto material como em relaçao ao número de combatentes, nao será um obstáculo para que prossiga a luta do povo palestino, acrescentou.

Abu Shanab nao descarta ``a retomada de ataques suicidas' contra alvos civis em Israel. Agora, ``muitos jovens estao dispostos a morrer', disse, precisando que têm idade entre 15 e 20 anos.

``O exército israelense nao pode proteger os civis', estimou.

Ele confirmou que os prisioneiros do Hamas que foram libertados quinta-feira, no momento dos bombardeios israelenses sobre Ramalá e Gaza, se escondem na cidade já que a polícia palestina quer que voltem à prisao.