A distribuição dos números no gráfico cuidadosamente elaborado pela equipe da Agência de Desenvolvimento Econômico do Grande ABC revelam como foi o início de ano para os trabalhadores do Grande ABC. A principal informação é que, entre contratações e demissões, Santo André registrou em janeiro saldo positivo de 575 vagas de emprego. Ou seja, que mais gente foi contratada do que dispensada neste período.

A notícia é boa, tanto que foi devidamente comemorada pelo prefeito Paulo Serra. “Santo André conseguiu manter a competitividade e manter seu protagonismo socioeconômico, mesmo em meio à pandemia. Um desempenho que sagra a nossa cidade como uma das líderes em geração de emprego e renda. Resultado importante para a retomada econômica e para entender o perfil de investimentos que a cidade possui agora”, declarou.

Historicamente, os números foram criados para representar grandezas, expressar quantidade e definir posições. Neste caso, os dados levantados pela Agência de Desenvolvimento com base nos apontamentos do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) do Ministério do Trabalho ganham uma nova função. Servem para dar esperança. Para mostrar que há um sinal de que oportunidades podem estar surgindo, principalmente em meio à crise gerada pelo coronavírus.

E isso fica explícito nas falas do dono de restaurante ouvido pela reportagem. Um empreendedor que teve de abrir mão de bens para manter os funcionários durante a crise e que, com a melhora no movimento, já pensa em aumentar a sua equipe de trabalho. 

O olhar mais atento aos números, entretanto, vai mostrar que, além de Santo André, somente Mauá, com 505 postos, e Diadema (72), iniciaram 2022 com saldo positivo. Os demais municípios estão em deficit, ou seja, iniciaram o ano no vermelho, com mais cortes que demissões. 

Isso indica a necessidade da troca de experiências entre os gestores. Atacar a questão da geração do emprego e renda de forma conjunta só vai fazer bem para o Grande ABC.