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Santo André chega a 100 mil primeiras doses aplicadas da vacina contra Covid

Cidade atingiu marca no dia em que comemorou 468 anos; aposentado de 68 recebeu o imunizante

Yasmin Assagra
Do Diário do Grande ABC
09/04/2021 | 00:01
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Nario Barbosa/DGABC


No dia em que completou 468 anos, Santo André se tornou a primeira cidade do Grande ABC a atingir a marca de 100 mil primeiras doses aplicadas da vacina contra Covid. O feito foi registrado ontem, no início da tarde, no drive-thru do Paço, quando o aposentado Ismael Pereira, 68 anos, foi vacinado. A cidade já aplicou mais 35 mil imunizantes referentes à segunda dose. 

Andreense de nascimento, Ismael mora nas casas populares no bairro Santa Terezinha e ficou emocionado com a imunização. “É um prazer receber essa vacina. Já tenho orgulho dessa cidade e, agora, torço para que todos possam ser protegidos também. O negócio (a Covid) não é brincadeira”, relatou, após receber a primeira dose.

O secretário de Saúde Márcio Chaves estava presente no drive-thru e disse que espera acelerar a vacinação. “Estamos chegando a 15% dos moradores vacinados (com a primeira dose), ainda é pouco, pois esperávamos uma avalanche de vacinas, mas, aos poucos, vamos atender a todos os moradores”, prometeu.

O prefeito Paulo Serra (PSDB) também acompanhou a imunização e disse que a adesão dos moradores pela vacinação tem feito a diferença. “Queríamos proteger toda nossa população, mas, de acordo com a quantidade de doses que já recebemos, acredito que temos feito vacinação rápida e eficiente”, declarou. 

Na segunda-feira as cidades do Grande ABC iniciaram a aplicação da primeira dose em idosos de 68 anos. De acordo com o governo do Estado, a ampliação da campanha para pessoas entre 65 e 67 anos acontece ainda este mês, com os idosos de 67 anos sendo imunizados a partir do dia 14 e os demais, a partir do dia 21. 

Até ontem, de acordo com os boletins divulgados pelas prefeituras, o Grande ABC já aplicou 429.512 imunizantes contra a Covid-19, sendo 310.022 referentes à primeira dose. Proporcionalmente ao tamanho da população, São Caetano é a que mais vacinou, com cobertura de 20,28% dos habitantes, seguida de Santo André, com 13,92%; Ribeirão Pires, com 11%; São Bernardo, com 10,78%; Diadema, com 7,76%; Mauá, com 7,39%; e Rio Grande da Serra, com 6,92% – confira os números detalhados de cada cidade no Vacinômetro, no alto da página, que é publicado todos os dias pelo Diário.

SEGUNDA DOSE 

Prefeito de Ribeirão Pires, Clóvis Volpi (PL), 73 anos, recebeu ontem a segunda dose da Coronavac, fármaco produzido pelo Butantan. A imunização ocorreu no posto de vacinação da cidade no Complexo Ayrton Senna, pelo sistema drive-thru

Ao ser imunizado, o político pediu para que a população siga se cuidando. “A situação no município deu uma melhorada nos últimos dias, mas não podemos descuidar”, disse. 

Volpi foi o primeiro chefe de Executivo, entre os 39 da Região Metropolitana, a ser imunizado com a primeira dose, no dia 18 de março. Na ocasião, lembrou que testou positivo para a Covid em novembro, logo após as eleições municipais, e ficou oito dias internado no Hospital Ribeirão Pires, da Rede D’Or, com suporte de oxigênio via cateter, mas não chegou a ser entubado.

Campos Machado quer tornar vacinação obrigatória
Vinícius Castelli
viniciuscastelli@dgabc.com.br

Deputado Estadual, Campos Machado (Avante) quer tornar a vacinação contra a Covid-19 obrigatória em São Paulo. Ele tem pressionado o colégio de líderes da Assembleia Legislativa, desde o início da semana, para pautar o PL 738/2020 em regime de urgência.

A lei, de sua autoria, prevê série de sanções no Estado de São Paulo para os que não se vacinarem. Entre elas ingresso a locais públicos.

De acordo com a proposta, a comprovação de imunização será necessária, por exemplo, para ingresso em estabelecimentos de ensinos fundamental, médio e superior – públicos ou particulares –, por crianças, alunos, professores, funcionários e prestadores de serviço. Usar transporte coletivo e até embarcar em aeronaves também só seria possível com o comprovante de imunização em mãos. Pessoas que desejarem se inscrever em concursos públicos, por exemplo, também precisariam do documento. “Quem não puder provar que foi vacinado não poderá ser registrado em uma empresa, não pode tirar documentos e viajar de avião. Não pode nada”, afirma o deputado. 

Para Campos Machado, não há possibilidade de um brasileiro dizer que não será vacinado. “Temos que segurar o impacto das transmissões e vacinar o povo todo”, comentou. “É hipocrisia vermos esses números de mortos e infectados e ter alguém que se recusa a ser vacinado, ao mesmo tempo em que outras pessoas sonham em poder se vacinar e ver o mundo voltar ao normal”, diz o deputado.

A expectativa, segundo Machado, é que o projeto de lei seja aprovado ainda neste mês. “Não se trata de um projeto político, mas, sim, social, coletivo e necessário”, encerra. 




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