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Hospital da Mulher ‘empaca’ de novo
Adriana Ferraz
Do Diário do Grande ABC
16/08/2006 | 07:58
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As obras do Hospital da Mulher de Santo André permanecem em ritmo lento. Prometido inicialmente para setembro de 2005, o centro hospitalar – localizado na rua América do Sul, no Parque Novo Oratório – segue sem previsão de entrega. O último prazo estipulado pela Prefeitura vence em setembro, e não será cumprido.

O atraso prejudica a população da cidade. A dona-de-casa Érica Santos, 21 anos, conta que a ausência da maternidade fez com que ela tivesse de dar à luz no Hospital Municipal de Mauá. “Ganhei bebê há cinco meses. Se o hospital da nossa cidade estivesse pronto, era só atravessar a rua. Minha filha
e eu teríamos muito mais conforto”, garante.

Os funcionários da construtora Gomes Lourenço, responsável pelo projeto, disseram à reportagem do Diário que falta verba e material para a finalização da reforma do antigo prédio e acabamento do novo. O encarregado Pedro Petachinski, que trabalha na obra, diz que a atual prioridade é finalizar toda a parte estrutural. “Nosso cronograma estipula que até o final de setembro a nova unidade deve estar pronta para receber os acabamentos”, diz.

Uma simples fiscalização dos trabalhos, porém, revela que as intenções, mais uma vez, não devem sair do papel. “A impressão que temos é que essa obra nunca ficará pronta. A previsão inicial era setembro de 2005. Depois alteraram para setembro deste ano. Daqui a pouco, vão mudar novamente, talvez para setembro de 2007”, reclama Érica.

De acordo com os vizinhos, há dias em que não aparece ninguém para trabalhar. “A gente não escuta nem o barulho das máquinas, o que é bastante estranho, já que toda obra é barulhenta e costuma, inclusive, incomodar a vizinhança. As mulheres do bairro e região estão bastante descontentes, pois o projeto nunca fica pronto”, diz o tapeceiro Edson Paulo da Silva.

Segundo os engenheiros-chefes da Gomes Lourenço, a administração é a única encarregada por fornecer informações a respeito do andamento das obras, que estariam a cargo da secretaria de Obras e Serviços de Santo André. Assim, a construtora se isenta da responsabilidade de responder sobre o planejamento feito para a finalização dos trabalhos.

A secretária da pasta, Miriam Mos Blóis, reconhece os atrasos, justificados pelo grande número de alterações no projeto inicial. As modificações, segundo ela, tiveram de ser aprovadas pelo Ministério da Saúde. “São trâmites burocráticos e administrativos que demandam tempo e paciência. De qualquer maneira, daqui a 15 dias teremos um novo prazo para informar”, garante.



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