A chanceler Tzipi Livni em uma entrevista publicada na edição desta quinta-feira do jornal palestino Al-Ayyam, de Ramallah, disse que Israel não pode aceitar a iniciativa árabe de paz em sua forma atual.

O plano, proposto inicialmente pelo rei Abdullah da Arábia Saudita, foi revisado pelos países árabes, que introduziram novas cláusulas relacionadas ao destino dos refugiados palestinos. "As mudanças fazem com que seja impossível aceitar em sua forma atual", disse a ministra.

A iniciativa de paz, adotada pela Liga Árabe na reunião de cúpula de Beirute de 2002, prevê a normalização das relações entre os países da região e Israel. Em troca, exige a retirada total de Israel dos territórios árabes ocupados desde 1967 e a criação de um Estado palestino.

"A idéia de estabelecer relações diplomáticas com os países árabes faz parte de nossas ambições", explicou Livni.

"Também acreditamos que enfrentamos novas ameaças na região porque o Irã constitui um perigo não apenas para Israel, mas também para os países árabes moderados. Acredito que temos um objetivo comum e nossas divergências são reduzidas", acrescentou.