O primeiro-ministro britânico, Tony Blair, declarou ao presidente iraquiano, Jalal Talabani, que as tropas britânicas permanecerão no Iraque "enquanto os iraquianos quiserem", depois de uma reunião bilateral em Londres. Talabani afirmou que uma retirada precipitada das tropas multinacionais seria "catastrófico" para o Iraque.

O premiê britânico e o presidente iraquiano discutiram os preparativos para a adoção da nova Constituição iraquiana, que será submetida a referendo no dia 15 de outubro.

Blair aproveitou para acusar o Irã, ao declarar que os novos artefatos explosivos utilizados no Iraque aumentam as suspeitas de um envolvimento de Teerã ou do grupo Hezbollah, mas que não há certeza. "O que está claro é que novos artefatos explosivos foram utilizados não apenas contra as tropas britânicas, mas em outros lugares do Iraque. A natureza particular destes artefatos nos faz suspeitar de elementos iranianos ou do Hezbollah", disse Blair.

As declarações de Blair foram feitas um dia após Londres ter acusado o Irã de estar relacionado com os rebeldes sunitas no Iraque e de fornecer explosivos utilizados contra soldados britânicos.