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Universidades e faculdades privadas da região agem para driblar crise
Pedro Souza
Do Diário do Grande ABC
26/10/2009 | 07:00
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O mercado de Ensino Superior sofreu com a crise, mas, assim como na economia como um todo, o cenário é de volta por cima. Universidades e faculdades privadas movimentam-se para atrair um maior número de interessados em começar um curso. A USCS (Universidade Municipal de São Caetano do Sul) remodelou sua grade de graduação e criou escolas, como a Escola de Negócios e a Escola de Comunicação.

"Assim, esperamos aumentar o faturamento com novos alunos", diz o pró-reitor administrativo e financeiro da USCS, Marcos Sidnei Bassi.

A USCS é uma instituição educacional municipal, que não visa lucro. O faturamento é revertido para custos operacionais e para ampliação. Porém a diminuição na entrada de recursos é prejudicial como em qualquer outra atividade.

Segundo Bassi, o faturamento de 2008 da USCS foi de R$ 63 milhões. A graduação representa 64% desse valor e os novos alunos geram, por ano, cerca de R$ 6 milhões.

Ele diz que a crise espantou alguns candidatos do vestibular para 2009, e isso refletiu na taxa de desistência. Com a nova grade, que tem os dois primeiros anos em comum para os cursos da mesma escola, Bassi espera atrair mais alunos. "Esperamos diminuir as desistências. É difícil para um jovem com 18 anos decidir qual será sua profissão para o resto da vida. Com as escolas, eles terão mais base para escolher", completa.

No Centro Universitário do Instituto Mauá de Tecnologia, cerca de 85% do faturamento do é gerado pela graduação.

O Mauá oferece, todos os anos, 1.100 vagas para calouros, e já considera uma taxa de desistência média de 25%.

Segundo o pró-reitor acadêmico, Roberto Peixoto, o número de calouros não caiu em 2009, mas a procura pelos cursos teve uma leve queda. "Nós ampliamos o investimento em campanha publicitária. Assim pretendemos ter um acréscimo de inscritos no processo seletivo", diz ele.

Na Faculdade Anchieta, a graduação é composta por 18 cursos, que representam 90% do faturamento. Segundo o diretor-geral da Anchieta, Carlos Rivera, a estrutura do vestibular foi modificada. "Investimos em tecnologia e treinamento de professores para corrigir as provas. O resultado é apresentado ao candidato após duas horas", afirma. Com isso, Rivera prevê um aumento de 2.500 para 3.000 vestibulandos.

O diretor-geral da Anchieta destaca que o aumento de inscritos nos vestibulares resulta em uma queda na inadimplência. "Neste ano, tivemos uma taxa de inadimplência beirando os 10%. Um aumento de quatro pontos percentuais em relação a 2008", reclama. Ele espera que em 2010 o índice volte aos 6%.




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