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Damo ainda ocupa cadeira de prefeito após 2 anos
Por Havolene Valinhos
Do Diário do Grande ABC
30/05/2010 | 07:06
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Andréa Iseki/DGABC


A cadeira que o ex-prefeito de Mauá pelo PV, Leonel Damo (atualmente sem partido), levou para o gabinete ao assumir em 2005 a Prefeitura e que carregou consigo ao deixar o Paço no último dia de 2008 continua com o ex-chefe do Executivo. Mas agora em seu escritório político na cidade.

Segundo o político, a cadeira foi presente de um amigo que pediu a Damo que a usasse no Paço enquanto exercesse a função de prefeito. "Não há nada demais. A cadeira que estava lá era boa também, pedi para reformar e guardei. Atendi só a um amigo."

Questionado se levará o objeto de volta ao Executivo caso dispute novamente a eleição municipal em 2012, Damo desconversou. "Ainda é muito cedo para falar sobre isso."

Mesmo afastado da vida política há algum tempo, pelo menos oficialmente, ao que tudo indica, o ex-chefe do Executivo não transformará a peça em cadeira de balanço para curtir uma possível aposentadoria da vida pública.

Ele não descartou que volte a concorrer a um cargo eletivo. "Não tem aposentadoria. Já descansei bastante. Depois das eleições vou começar a pensar sobre isso". Damo adiantou que no momento tem trabalhado para reeleger sua filha, a deputada estadual Vanessa Damo (PMDB) na eleição de 3 de outubro.

O ex-prefeito desviou da possibilidade de que em um futuro próximo, quem sabe o pleito de 2012, Vanessa Damo se candidate à Prefeitura de Mauá. Porém, caso isso se concretize será a filha quem decidirá se levará a cadeira para o gabinete. "Ela que decidirá."

A cientista política da Ufscar (Universidade Federal de São Carlos), Maria do Socorro Souza Braga, não vê problemas na atitude do ex-prefeito. "Não penso que há algo de errado. Se ele não usou dinheiro público pode levar para casa, é objeto de uso pessoal. Há vários casos de pessoas que compram, por exemplo, cadeiras específicas por conta de problemas de coluna", explicou.

O especialista em Direito Público Ariosto Mila Peixoto também partilha da opinião. Mas pondera que no caso de objetos de uso particular é necessário apresentação de nota fiscal para comprovar a propriedade. "É preciso apresentar nota fiscal ou memorando na entrada do bem na repartição pública. Pois do contrário, alguém pode desconfiar. Mas se comprovou não tem problema."




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