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Skate para todas as idades

Presença na Olimpíada de Tóquio, em 2020, faz crescer interesse do público pelo esporte

João Victor Romoli
Especial para o Diário
13/08/2018 | 07:00
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Celso Luiz/DGABC


Primeira convocação da história da Seleção Brasileira, nova confederação, controle antidoping e participação na Olimpíada de Tóquio, no Japão, em 2020. Essas são algumas novidades que mostram o quanto o skate evoluiu no País. Importante neste crescimento, o Grande ABC representa muito na história do esporte, principalmente por ter diversas pistas e ter revelado atletas importantes. Com isso, a região aproveitou este bom momento da modalidade para promover atividade diferente.

É cada vez mais comum encontrar escolinhas para crianças e adolescentes, algo que era muito difícil de acreditar que se tornaria possível no skate, o segundo esporte mais praticado em São Paulo, perdendo somente para o futebol. A Skate Park Jump The Gap, em São Bernardo, por exemplo, foi reinaugurada neste ano e é comandada pelo ex-skatista Denis Buiú. O local possui uma escolinha focada para jovens, algo que o esportista sempre teve intenção de realizar.

Tive uma lesão no joelho direito em 2008 e fui obrigado a encerrar a carreira. Desde então, queria passar essa experiência a outras pessoas. Vi que tinha condição e decidi fazer minha própria escola. Hoje temos diversas crianças praticando, agregamos a família e também buscamos fazer alguns eventos. A partir de 3 anos qualquer criança pode ter aula conosco”, disse o agora professor de 39 anos, que ficou por dez anos top 10 no brasileiro profissional.

“Os Jogos Olímpicos contribuíram muito para o crescimento. Antes tínhamos aulas particulares e esse modelo de fazer de segunda a sexta foi justamente pela alta procura. Temos bastante jovens interessados e isso nos deixa mais motivados para continuar o projeto”, falou Andrews Souza, gerente da Dog Bowl Street Park, também em São Bernardo. A pista tem como dono o skatista Edgard Vovô, duas vezes medalhista do X-Games, que assumiu o comando do local em 2017. Os dois lugares têm aulas particulares e preços que variam de acordo com o plano escolhido.

Por outro lado, porém, existe a ONG Skate Solidário, de São Bernardo, que tem como objetivo proporcionar aulas gratuitas da modalidade para crianças e adolescentes de 6 a 16 anos. O projeto, porém, é desenvolvido em nove unidades do CEU (Centro Educacional Unificado) das Zonas Sul e Leste de São Paulo. 

Mineirinho valoriza crescimento

Tendo praticamente começado sua história no Brasil no Grande ABC, o skate tem diversos ídolos. Um deles é Sandro Dias, o Mineirinho, hexacampeão mundial e atual diretor da Confederação Brasileira de Skate. O esportista aproveitou o momento da modalidade para enaltecer o trabalho feito no passado. 

“Muito importante esta evolução, principalmente por tudo que a gente lutou. A região é o berço do skate brasileiro e sempre teve as melhores pistas. Acho que tudo que está acontecendo hoje foi por conta do que fizemos pelo esporte”, disse.

Ele ainda destacou que o esporte só tem a crescer com a participação na Olimpíada de Tóquio, em 2020. “Sempre tive o sonho de ver o skate nos Jogos Olímpicos. É uma coisa de criança e acabamos conseguindo este feito. Estou participando do projeto e estou muito feliz com cada novidade que aparece”, completou. 




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