Política Titulo USCS
Enem e índice social serão critérios em bolsas de estudo em S.Caetano

Governo prepara mudanças no benefício e utilizará nota do exame e renda como itens para concessão

Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
10/02/2018 | 07:00
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André Henriques/DGABC


O governo do prefeito de São Caetano, José Auricchio Júnior (PSDB), prepara mudanças para concessão de bolsas de estudo na USCS (Universidade Municipal de São Caetano) deste ano e quer utilizar a nota do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) e índices de vulnerabilidade social como critérios prioritários para concessão do benefício.

Segundo o prefeito, o projeto está em fase final de discussão e elaboração dentro da Secretaria da Fazenda e da Pasta de Educação. A redação final deve, nas próximas semanas, ser encaminhada à Câmara. Mas quatro pilares para definição dos beneficiários já foram estabelecidos.

“Vamos utilizar a nota do Enem, a meritocracia, o índice de vulnerabilidade social e o tamanho de financiamento como fundamentos para as bolsas de estudo. Queremos mudar o modelo para deixá-lo economicamente viável e também para atender critérios sociais”, afirmou o tucano. “Não queremos perder alunos e também buscamos manter o programa, de maneira saudável aos cofres públicos”, adicionou.

De acordo com Auricchio, o número de beneficiários ainda não foi definido. Esse anúncio deve ficar para depois do Carnaval.

As bolsas de estudo para moradores em instituições de Ensino Superior foram implementadas na primeira passagem de Auricchio pelo Palácio da Cerâmica (2005 a 2012). O projeto foi ampliado no governo de Paulo Pinheiro (PMDB), sendo que havia benefício integral na USCS e descontos em mensalidades no Instituto Mauá de Tecnologia, além de existir auxílio complementar a munícipes que estudavam faculdades de outras cidades.

Com a queda na arrecadação municipal e aprofundamento das dívidas, Auricchio, em sua terceira passagem, optou por rever o modelo e enxugar os gastos. Em março, extinguiu bolsas de estudo para cursos de pós-graduação na USCS e também endureceu exigências para concessão de descontos nas mensalidades e bolsas para cursos de graduação na instituição municipal. Houve também a suspensão do pagamento de auxílio para faculdades de outras cidades – o valor do subsídio girava entre R$ 300 e R$ 600, para cerca de 900 moradores.

Entre as principais alterações na ocasião estavam a redução de cinco para quatro salários mínimos a renda familiar do aluno que pleitear a bolsa; o veto ao benefício integral a estudantes cuja família possuísse propriedades imobiliárias acima de R$ 300 mil; e a exclusão do curso de Medicina na oferta de bolsas integrais.

Outra medida que deve chegar à Câmara nas próximas semanas é a criação da Coordenação da Cidadania e Bem-Estar Animal 




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