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CBH propõe Centro de Treinamento na Europa
Eduardo Merli
Do Diário do Grande ABC
02/02/2001 | 00:01
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O presidente da Confederação Brasileira de Hipismo, Camillo Ashcar Júnior, entregou quarta-feira na sede do Comitê Olímpico Brasileiro o projeto que prevê a construção de um Centro de Treinamento Permanente na Europa para ginetes do país.

A proposta foi entregue pessoalmente ao presidente do COB, Carlos Arthur Nuzman, juntamente com o planejamento de eventos hípicos nacionais de 2001 a 2008. “É difícil que o COB aprove a idéia do CT para este ano, mas tenho esperança de que possa ser acolhida em 2002”, disse o presidente da CBH, que confirmou a intenção de realizar provas do calendário nacional no Grande ABC.

Segundo Ashcar, o CT seria construído ou estaria associado a um haras europeu já existente. O país escolhido seria Alemanha ou Bélgica e auxiliaria a preparação dos ginetes brasileiros para os Jogos Olímpicos e campeonatos mundiais. Atualmente, a maioria dos cavaleiros tupiniquins tem de tirar dinheiro do bolso para competir, morar e treinar na Europa, onde são realizadas as principais provas do mundo e há o intercâmbio profissional.

Região – Representantes de diversas hípicas do Grande ABC comemoraram a intenção do CT brasileiro na Europa. “Não vejo outra solução”, disse o assessor da diretoria do Centro Hípico Amarelinho, de Ribeirão Pires, José Vechio. “O governo não incentiva nenhuma viagem nem treinamento dos nossos ginetes. Com o centro, isto poderia melhorar”, concluiu.

Para Aparecida de Fátima, proprietária do Centro CAP, em São Bernardo, o CT facilitaria a realização de clínicas. “Atualmente, temos de nos deslocar para um haras particular, o que gasta mais”, disse. “Sem contar que na Bélgica ou Alemanha estaríamos próximos dos melhores cavalos e atletas do mundo”, explicou. Os dois representantes também disseram que “estão preparados” para receber provas do calendário nacional.

Mais verba – Assim como a construção do CT, os outros projetos entregues nesta quinta ao COB fazem parte de um processo de aproximação do Comitê com a CBH a partir 2001. Até então, segundo Ashcar, os recursos do COB só apareciam às vésperas do ano olímpico. Agora, o acordado é de que haja apoio financeiro já este ano. “Nossos ginetes fizeram campanhas brilhantes nas duas últimas Olimpíadas e isso despertou a vontade do COB em nos ajudar mais”, disse Ashcar.

Além da ajuda financeira, o COB se comprometeu a auxiliar na organização de um número maior de provas internacionais no Brasil, como o Campeonato Sul-Americano e o Campeonato de Salto Internacional.




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