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Ideologia punk converge para a violência entre grupos
Bruno Ribeiro
Do Diário do Grande ABC
28/10/2007 | 07:08
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Casos recentes de agressões e mortes trouxeram de volta à sociedade um monstro que parecia adormecido: a violência entre gangues de rua. Jovens que se dizem punks foram envolvidos em assassinatos por motivos banais.

O Grande ABC tem história no movimento. Aqui, atrelados à luta sindical dos anos 1980, surgiram as primeiras bandas que seguiam a cultura punk. Também apareceram por aqui grupos que alcançaram fama nacional pela violência. Os ataques mais recentes, entretanto, não tiveram envolvidos que fossem da região. “Mas é claro que existem grupos ativos no Grande ABC”, diz a delegada Margarette Barreto, da Decradi (Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância), da Polícia Civil.

“Só não posso dar detalhes sobre esses grupos para não atrapalhar minhas investigações”, completa. O cadastro de jovens violentos da Decradi tem 3.000 nomes. Sem falar em números, Margarette confirma que há muitos moradores da região no cadastro.

Segundo Marcelo Carvalho, doutor em filosofia e professor da Universidade Metodista, o movimento punk do Grande ABC nasceu em meio à causa operária. Seria natural a região abrigar as origens do movimento e também seus grupos conflitantes.

“Hoje, embora a situação econômica e de desemprego seja diferente da que era nos anos 1980, há jovens na casa dos 20 anos que não conseguem colocação profissional. Por isso, os movimentos continuam”, diz o professor.



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