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Teatro do Grande ABC cresce no Festival de Curitiba
Mauro Fernando
Do Diário do Grande ABC
23/02/2002 | 17:14
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Seis grupos de Santo André, um de Mauá e dez montagens confirmadas até a sexta-feira. Não dá para considerar exatamente como uma invasão do Grande ABC no 11º Festival de Teatro de Curitiba, já que o evento conta com mais de 200 peças. Mas o número é expressivo – nunca houve tantas produções do Grande ABC no Festival, um dos mais importantes do Brasil, que vai de 21 a 31 de março.

A Cia. do Nó leva duas montagens para a capital paranaense. Uma delas estréia lá: A Guerra Santa, de Luís Alberto de Abreu. A outra é o infantil Os Três Porquinhos – A Verdadeira História, adaptação de Esdras Domingos para o conto de Joseph Jacobs.

A Cia. Teatro no Pires também vai para Curitiba com duas peças na bagagem: Esta Noite Ouvirei Chopin e o espetáculo de rua Fogueira ao Meio do Dia ou Bueiro do Amor, textos de Sérgio Pires. O Grupo Vagão estréia lá O Ócio, de Denise Alves.

Outra companhia que segue para o Paraná com duas produções é a Pasteurizada: Fragmentos Humanos (dois textos de Samuel Beckett, Comédia e Eu Não) e Insensíveis, de Zuca Zenker. A Cia. Monociclo comparece com A História de Augusto Matraga, adaptação livre de Silene Pignagrandi para o conto de Guimarães Rosa. O Isqueiro Encantado e a Moura Torta, adaptação de Márcio Rui Padoim para as obras dos irmãos Andersen e dos irmãos Grimm, é o espetáculo que a Cia. Espinha de Peixe tem na mala. A Cia. Aquarius, de Mauá, mostra O Divo e a Diva – A Procura de um Papel, de Amilza Campos Telles.

Os grupos trabalharão por uma porcentagem de bilheteria num lugar onde não têm público formado, o que significa um evidente risco financeiro. O grande interesse dos grupos no Festival está no fato de o evento ser uma grande vitrine. Além das peças inscritas na Mostra de Teatro Contemporâneo (dedicada a nomes já consagrados) e no Fringe (integrado por produções de caráter mais experimental), compõem o Festival oficinas, exposições, debates e lançamentos de livros. É garantida, portanto, a circulação de peixes graúdos do teatro brasileiro.

Para a atriz Izabel Lima, que fará os monólogos A História de Augusto Matraga e Eu Não, “o material humano de Santo André é muito bom – a maioria dos grupos tem formação na Escola Livre de Teatro – e o Festival é uma chance de mostrar o trabalho”. Ela destaca também o “intercâmbio com público e linguagens teatrais diversificados, que enriquece”.




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