Demitidos na primeira quinzena de dezembro, 22 professores que atuavam na UniABC, adquirida pelo Grupo Anhanguera em julho, ainda aguardam homologação. Enquanto o Sinpro-ABC (Sindicato dos Professores do ABC) diz que a demora se deve ao excesso de trabalho e também à falta de documentação adequada por parte dos profissionais na hora do procedimento, a instituição de ensino coloca a culpa no agendamento, feito de acordo com a disponibilidade dos profissionais e do sindicato.

O presidente do Sinpro-ABC, José Jorge Maggio, destaca que das 406 homologações encaminhadas pela Anhanguera referentes à UniABC, já foram feitas 384. "A empresa é responsável por agendar a homologação, mas não podemos fazer o procedimento quando estão faltando documentos", observa. Segundo ele, a expectativa é finalizar o processo até o fim do mês, mas isso dependerá do encaminhamento correto de documentos.

A legislação determina prazo máximo de dez dias para que seja feita homologação, mas, segundo Maggio, nos casos em que não há condições para realização do procedimento, há possibilidade de prorrogar esse período. "Estamos atentos quanto a isso", diz.

A Anhanguera Educacional informou apenas que efetuou 100% dos pagamentos referentes à rescisão contratual dos docentes e que, desses, 98,7% já tiveram sua homologação realizada. A empresa não esclareceu se houve falha no envio de documentos necessários.

TRANSTORNOS

A data da homologação do ex-coordenador do curso de Administração de Empresas da Anhanguera Ricardo Correia Moreira já mudou por duas vezes. O docente necessita da carteira para ser registrado no novo emprego e o procedimento está agendado para dia 27. "Da primeira vez não recebi o telegrama que informava a data e estava viajando no dia", diz. Na segunda oportunidade não foi possível realizar o procedimento devido à falta de um comprovante de depósito da rescisão.