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Compradores reivindicam imóvel vendido pela Kerolyn
Carolina Rodriguez
Da Redaçao
13/08/2000 | 20:03
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  Representantes da Associaçao das Vítimas dos Terrenos da Jorge Bereta, na Vila Curuçá, em Santo André, se reuniram sábado em frente à área de 32 mil m² na rua Jorge Bereta, no bairro Curuçá, para reivindicar a posse de aproximadamente 80 lotes vendidos pela Imobiliária Kerolyn. A empresa foi lacrada em março deste ano pela Prefeitura por funcionar irregularmente.

Segundo a advogada da associaçao, Marcia Sevilha, os lotes foram vendidos em 1994, mas, até agora, os compradores nao conseguiram tomar posse da propriedade. "O terreno está irregular. Durante todo este tempo, eles ficaram esperando que a imobiliária resolvesse a documentaçao, com o pagamento de impostos e o desmembramento da área, mas nada foi feito", contou. As famílias afirmaram que chegaram a pagar de R$ 16 mil a R$ 40 mil pelos lotes, e que 80% deles já estao quitados.

As famílias fizeram o pagamento à proprietária da Kerolyn, Valdevina Francisca de Oliveira, que nao obteve aprovaçao da Prefeitura para fazer um loteamento no local, e sim para construir um condomínio. Existe ainda a suspeita de Valdevina ter vendido o mesmo lote para mais de um comprador.

A escritura do terreno está em nome do engenheiro José Adolfo Bastos, da família Bastos, de Santo André, e foram vendidos, segundo Marcia, por meio de uma procuraçao supostamente concedida por Bastos permitindo a venda. O advogado da família Bastos, Luis Eduardo Colella, contesta dizendo que a imobiliária tinha permissao para vender apenas uma parte do terreno. "A área total é de 40 mil m², mas apenas uma parte disso, 8 mil m², foi vendido à imobiliária. Os restantes 32 mil m² ainda pertencem a família Bastos. Isso é crime porque a imobiliária acabou vendendo três vezes a mais do terreno que dispunha sem permissao", afirmou.

O advogado disse ainda que a família só soube que o terreno tinha sido comercializado irregularmente este ano, quando decidiu vendê-lo. A família mandou construir um muro cercando o terreno para tentar impedir a apropriaçao. "Estamos demarcando os lotes para nos apropriar da área. Mais de 50 famílias estao sendo prejudicadas", disse o presidente da associaçao, Joselito de Souza Ribeiro. "Devemos ter paciência e esperar para que a Justiça acerte a situaçao. Queremos o que for correto", completou Joselito.




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