A fiscalização da reforma do prédio da Câmara de São Bernardo começa a ser planejada. O vereador Marcelo Lima (PPS), presidente da Comissão de Contratos e Convênios, vai se reunir com os outros integrantes do grupo, Admir Ferro (PSDB) e Ary de Oliveira (PSB), na quarta-feira para delinear os rumos dos trabalhos.

Orçada em R$ 28,4 milhões, a intervenção começou em novembro, com previsão de término para outubro. A obra está sob responsabilidade da Construtora Cronacon, de São Paulo.

"Como retornamos do recesso, ainda não há muitos detalhes, mas devemos deliberar os primeiros encaminhamentos na quarta-feira", salienta Lima.

O popular-socialista foi alçado para acompanhar a reforma pelo presidente da Casa, Hiroyuki Minami (PSDB), após a tentativa frustrada de a bancada governista tentar criar comissão temporária para acompanhar a reforma do prédio do Legislativo.

Os governistas se desdobraram para apresentar requerimento de urgência, de autoria de Fábio Landi (PSD), para assegurar a manobra. Mas nas duas sessões em que tentaram, conseguiram apenas dez assinaturas. Pelo regimento interno da Casa, são necessárias 11 rubricas para o requerimento ir a plenário.

Paulo Dias (PT) não acredita que o trabalho da comissão terá resultado. "Se não tiver pressão da sociedade civil não adianta. A comissão foi criada apenas para dizerem que foi feito alguma coisa", critica.

O petista é um dos mais incorformados com a intervenção, que demoliu o plenário Tereza Delta. "Acabaram com um patrimônio da cidade. Por isso avalio que a comissão não adianta. O pior já foi feito."

Desde que foi inciada, a reforma tem sido alvo de críticas e questionamentos. A Prefeitura chegou a embargar a obra por 24 horas, em função da trepidação no prédio do Paço. Mas, após engenheiros apresentarem outro laudo, a reforma foi retomada pela construtora.

Até o término da obra, as sessões são realizadas no Teatro Cacilda Becker.