Política Titulo PT de Diadema
Com prévias, Vicentinho confirma desistência de candidatura
Júnior Carvalho
Do Diário do Grande ABC
16/02/2016 | 07:00
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O PT de Diadema não conseguiu alcançar o consenso e, dividido, oficializou ontem, em reunião no diretório, que a definição sobre quem será o candidato do partido à sucessão do prefeito Lauro Michels (PV) ocorrerá apenas nas prévias, marcadas para o dia 3 de abril.

Um dos pré-candidatos, o deputado federal Vicente Paulo da Silva, o Vicentinho (PT), confirmou que deixará a briga interna por não querer disputar com os correligionários, os vereadores Manoel Eduardo Marinho, o Maninho, e José Antônio da Silva. Visivelmente incomodado, o parlamentar se queixou das críticas recebidas pela bancada diademense (a maioria apoiadora de Maninho) quando mudou seu domicílio eleitoral para a cidade – estava inscrito em São Bernardo, onde já disputou o Paço – com vistas ao pleito em Diadema.

“Eu cheguei para contribuir e me chamaram de forasteiro. Fiquei inconformado, pois quem não é forasteiro nessa cidade construída por migrantes?”, discursou. Quando oficializou sua intenção em ser candidato do PT em Diadema, nenhum dos seis parlamentares petistas (Zé Antônio, Maninho, Josa Queiroz, Ronaldo Lacerda, Orlando Vitoriano e Lilian Cabrera) compareceu ao ato, em nítida reprovação ao projeto do parlamentar.

Vicentinho condicionou sua desistência da prévia à análise da ala interna que apoia seu nome, como integrantes da Articulação de Esquerda e do sindicato dos servidores. Há possibilidade de o grupo discutir apoio a Zé Antônio – os dois conversaram ontem antes da reunião. “Nós vamos fazer uma plenária para decidirmos se vamos apoiar outro companheiro ou se vamos indicar outro nome (à disputa interna)”, ponderou Vicentinho.

Mais uma vez os petistas de Diadema se reuniram sem a presença do ex-prefeito José de Filippi Júnior (PT, 1993-1996, 2001-2004 e 2005-2008), que ainda é tido como candidato preferido para enterrar a reeleição de Lauro e devolver ao partido o comando da cidade, cuja legenda governou por praticamente 30 anos. Filippi, entretanto, já externou o desejo de não participar da disputa. Ex-tesoureiro das campanhas vitoriosas do ex-presidente Lula e da presidente Dilma Rousseff, o petista é alvo das investigações da Operação Lava Jato.

Petistas esperam ao menos a posição de Filippi na disputa entre Maninho e Zé Antônio. 




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