Nem todos os integrantes da ala bateram panela contra a Dilma. "Não participei dos protestos. Acho que a nossa atitude vale mais. O nosso voto, fiscalizar o comportamento do candidato que você elegeu", afirmou a analista de marketing Carla Correia (foto), de 44 anos.
Já o casal Gabriela e Gabriel Teixeira, de 36 e 33 anos, respectivamente, votou em Aécio Neves e participou dos protestos em Copacabana. "Batemos panela quando Dilma apareceu na televisão e nas manifestações. Queremos mudança na política do nosso país", disse Gabriela.
Eles foram convidados a participar da ala já sabendo que seria um protesto. São integrantes da bateria do bloco Spanta Neném. Os batedores de panela vão sincronizar com a bateria no fim do desfile, depois do segundo recuo.
O militar Carlos Alexandre Santos, de 47 anos, que desfila na escola, criticou a reprodução do protesto na avenida. "Quem bate panela não é quem faz a comida" , afirmou ele, que considera o panelaço manifestação da elite. "Espero que a carnavalesca tenha incluído esse panelaço para dizer que isso é uma palhaçada", afirmou. Ele indicou onde a ala estava se arrumando. "Curiosamente, eles estão à direita".
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