Política Titulo Crime
Polícia apreende outro menor que participou da morte de Cosmo

Adolescente de 16 anos não ofereceu resistência e ratificou versão do assassinato do vereador de Sto.André; ele deve responder por latrocínio

Leandro Baldini
Do Diário do Grande ABC
14/03/2015 | 07:00
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Orlando Filho/DGABC


A Polícia Civil apreendeu ontem o menor M.V.L., 16 anos, que confessou participação no assassinato do vereador de Santo André Cosmo Rodrigues Cardoso, o Cosmo do Gás (PDT), ocorrido na segunda-feira. Ele não tinha antecedentes criminais.

Na quarta-feira, já havia sido apreendido outro menor, 17 anos, que admitiu ter sido o responsável pelo disparo que matou Cosmo do Gás. O terceiro integrante a participar do crime, que já foi identificado pela polícia e tem 20 anos, segue foragido. Quarto elemento, que não estava na residência na hora do disparo, foi detido por ser suspeito de ajudar na articulação do crime.

Segundo o chefe de investigação do 6º DP (Jardim do Estádio), Flávio Montanaro, a apreensão de M.V.L. ocorreu por volta das 9h de ontem, dentro do Sítio dos Vianas, nas proximidades da residência do parlamentar. O menor teria sido identificado na noite de quinta-feira após ficar foragido. “Estávamos monitorando a localidade até conseguirmos identificar e capturar o suspeito, que não mostrou resistência”, relatou Montanaro.

“Em casos que envolvem menores, não há necessidade de minuta minuciosa quanto à participação no ato criminoso. Mas o adolescente estava ciente do que estava fazendo e o seu depoimento mostrou concordância com os demais já coletados, o que facilita o trabalho”, argumentou a promotora da infância e juventude de Santo André, Rosinei Saikali.

Após apreensão, o menor será encaminhado para uma unidade provisória da Fundação Casa. A promotora afirmou que recomendou à Corte que ele fique detido até data do julgamento. “Com o primeiro menor essa recomendação foi atendida. Conforme o Estatuto da Criança e Adolescente, os julgamentos devem ocorrer em 45 dias”, complementou.

Em relação à possibilidade de punição a ser aplicada, Rosinei alegou que o crime deve ser classificado como latrocínio (roubo seguido de morte), considerado grave. “Nesse caso é gravíssimo e deve ocorrer prisão máxima, que na Fundação Casa é até os 21 anos, quando se completa a maioridade total”, discorreu.

Ontem, o delegado titular do 6º DP, Adilson de Lima, revelou que o assassinato de Cosmo aconteceu após os três envolvidos terem acreditado em boato que circulava pelo Sítio dos Vianas. A informação indicava que R$ 300 mil, em espécie, estavam sob posse do vereador.

O valor correspondia à emenda proposta por Cosmo para que a administração municipal efetuasse reforma do PA (Pronto Atendimento) da Vila Luzita, que atende ao Sítio dos Vianas. O recurso, porém, é administrado pelo Executivo. A emenda representa só a garantia do investimento.
(Colaborou Gustavo Pinchiaro)




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