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Setor de embalagens reage em 2004
Por Márcia Pinna Raspanti
Do Diário do Grande ABC
18/02/2005 | 14:54
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O setor de embalagens registrou no ano passado crescimento de 3% na produção, após amargar uma queda de 6,7% em 2003. Segundo estimativas da Abre (Associação Brasileira de Embalagens), o segmento deverá ter uma expansão de 3,5% a 4% em 2005. Somente no ano passado, foram abertos 12 mil novos postos de trabalho formais na indústria brasileira de embalagens, que atualmente emprega 170 mil pessoas.

“Quatro fatores que puxaram a recuperação do setor foram o aumento da renda, que aqueceu o mercado interno, exportações, agroindústria e exportações diretas de embalagens vazias”, afirmou o presidente da Abre, Fábio Mestriner.

O Grande ABC tem quatro fabricantes de embalagens associados à Abre, segundo informou a associação. Uma delas é a Shellmar, de São Bernardo. A empresa, que fabrica embalagens flexíveis para as indústrias de alimentos e farmacêutica, apresentou aumento de 3% a 4% na produção e contratou 40 pessoas em 2004. Atualmente, tem 595 funcionários. A expectativa para 2005 é manter os mesmos níveis do ano passado, quando passou a operar com capacidade máxima. “Estamos no limite”, diz o chefe de Recrutamento e Distribuição da Shellmar, Carlos Eduardo Garcia Sarcedas.

Mesmo com um cenário de recuperação, a Alcan, em Mauá, não conseguiu aumentar a produção no ano passado. No ano anterior, havia diminuído 3%. “Tivemos um primeiro semestre fraco. No decorrer do ano, sentimos uma melhora, mas que não foi suficiente para fecharmos o ano com crescimento”, diz o gerente geral da unidade de Embalagens Flexíveis, Marco Antônio Ferraroli.

A Alcan, que possui 450 funcionários em Mauá, fornece para indústrias de tabaco, farmacêuticas e de alimentos – chocolates, café, iogurtes, sopas e massas instantâneas. “O destaque foram os setores de alimentos e farmacêutico, que puxaram a produção. A demanda da indústria do tabaco se manteve estável”, afirma Ferraroli. O executivo lembra que o preço das matérias-primas, como as resinas, aumentou cerca de 60% no ano passado. Para este ano, a empresa projeta um crescimento de até 4%.

Consumidor – A Abre divulgou quinta-feira uma pesquisa sobre o varejo da Grande São Paulo. Segundo os 27 supermercados consultados, o consumidor valoriza cada vez mais a embalagem na hora da compra, principalmente em perfumaria e higiene pessoal. As marcas próprias, que representam apenas 6% da produção brasileira, também começam a receber embalagens mais elaboradas e atraentes. “Uma embalagem muito simples é associada a produtos ruins, por isso é importante investir nesse quesito”, diz Celso Furtado, da Coop, que oferece 301 produtos com a marca própria da rede, responsáveis por 8% do faturamento  total.



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