Se o São Paulo enviou ofício à Conmebol na terça-feira se posicionando a respeito dos acontecimentos na final da Copa Sul-Americana, há dez dias, contra o Tigre, no Morumbi, ontem foi a vez de o clube argentino se pronunciar frente à entidade e denunciar o Tricolor.

Enquanto a documentação do clube paulista manteve a versão de que a confusão nos corredores do estádio começou quando os jogadores hermanos tentaram invadir o vestiário tricolor, o Tigre - que já havia pedido a anulação do jogo - representou que seus atletas sofreram agressões dos seguranças são-paulinos, além de citar o atraso na entrega de ingressos, negativa de reconhecer o gramado do Morumbi e falta de segurança policial.

O secretário-geral da AFA (Associação Argentina de Futebol), Miguel Silva, apoiou a decisão do afiliado. "É constante a violência e as agressões que sofrem as equipes argentinas quando jogam em São Paulo. Sempre acontece a mesma coisa e não muda", disse Silva.

Pelo lado da Conmebol, o porta-voz Nestor Benitez explicou que a entidade está fazendo de tudo para pôr um ponto final à situação. "A Confederação está investigando como deve este caso, que tanto dano causou ao futebol sul-americano, e deve ter prudência para reunir todos os elementos correspondentes a este grave acontecimento", explicou.

O diretor de futebol do São Paulo, Adalberto Baptista, se mostrou tranquilo quanto ao protesto argentino. "Cabe ao comitê executivo da Conmebol, composto por gente de notória qualidade, saber a decisão a ser tomada. Acredito que o São Paulo não vá sofrer nenhum tipo de sanção", disse.

REFORÇO?

Breno foi inscrito ontem pelo clube no BID (Boletim Informativo Diário) da CBF como jogador tricolor até outubro de 2015. O zagueiro, porém, segue preso na Alemanha por ter incendiado sua própria casa, em Munique, e só depois que resolver suas pendências com a justiça daquele país voltaria ao Brasil para defender o clube que o revelou.