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Fotografias trazem origem dos bairros de São Bernardo

Exposição no CRI reúne imagens antigas que remetem à formação da cidade

Camila Galvez
Do Diário do Grande ABC
19/08/2013 | 07:00
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Tiago Silva/DGABC


Aos 460 anos, completados amanhã, São Bernardo é ainda uma menina. A maioria dos bairros e vilas que compõem a cidade nasceu a partir de 1947, com a inauguração da Rodovia Anchieta, principal ligação da região com o Litoral e o Porto de Santos. Antes, o território de 409 quilômetros quadrados era composto por chácaras, sítios e fazendas distantes uma das outras e que apresentaram, no início do século 20, tentativas de loteamento que fracassaram.

É essa história que o visitante do CRI (Centro de Referência do Idoso) poderá conferir até quarta-feira na exposição Vilas além da Villa. Por meio de 71 fotografias, algumas doadas por famílias tradicionais da cidade, como Breda, Beltran, Censon, Vicentin, Adão dos Santos e Poiani, a seção de pesquisa e documentação da Prefeitura reconstruiu a história de 20 bairros. “A proposta é mostrar que a cidade não é apenas o Centro, mas que cada bairro, vila, rua e casa contribuem para a formação da memória coletiva”, destaca o chefe do departamento, Jorge Magyar.

E no Dia da Fotografia, comemorado hoje, essa narrativa contada por imagens começa, como não poderia deixar de ser, no Centro, com a elevação de São Bernardo à freguesia em 1812 e a construção da Paróquia Nossa Senhora da Boa Viagem, a Igreja Matriz. As fotografias passeiam dos bairros tradicionais, como Nova Petrópolis, Baeta Neves, Ferrazópolis, Demarchi e Rudge Ramos, aos mais recentes, como Alvarenga e Montanhão.

É possível observar raridades como a construção da residência de Wallace Simonsen, a atual Chácara Silvestre do bairro Nova Petropólis, na década de 1930. Há também imagens antigas da Rodovia Anchieta, do Riacho Grande e do comércio que se desenvolveu ao redor da Matriz. A antiga Capela São José, no Baeta Neves, é vista em 1929, e uma Avenida João Firmino sem asfalto servia como um ótimo lugar para andar de bicicleta.

A visitação pode ser feita até sexta-feira, das 9h às 18h. O CRI fica na Avenida Redenção, 271, Centro, ao lado da Sedesc (Secretaria de Desenvolvimento Social e Cidadania). Depois, a ideia é que a exposição fique disponível em escolas, mediante agendamento. “É uma forma de estimular os professores a trabalharem com a história do bairro em sala de aula”, explica Magyar.




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